Maioria das mulheres atendidas em projeto sofreu agressão

Mãos violência doméstica Misto Brasília
A violência doméstica cresceu na pandemia e as mulheres precisam de apoio do Estado/Arquivo

Projeto Justiceiras apresentou hoje um levantamento sobre os atendimentos no Distrito Federal

O Projeto Justiceiras completa hoje (31) dois anos com atendimento a 182 casos de mulheres que foram vítimas de agressões na pandemia da Covid-19.



A maior parte dos pedidos de ajuda foi considerada de alta (44) e média gravidade (76). Elas sofreram violência psicológica (79,41%), violência patrimonial (70,59%), violência física (36,47%), ameaças (55,88%) e violência sexual (54,12%). A maioria sofreu agressões dentro de suas próprias casas (73,53%).

Em cada 10 mulheres, sete têm renda de até um salário mínimo e quatro estão desempregadas (67). A metade tem filhos (87) e 4 estavam grávidas. Mais da metade se considera preta, parda ou indígena.



“O projeto Justiceiras é o primeiro acesso das vítimas a esse tipo de apoio. Mais de 50% das mulheres nunca haviam pedido ajuda em nenhum lugar. As vítimas são encaminhadas para o atendimento jurídico, psicológico, socioassistencial e para uma rede de acolhimento, como se fosse a melhor amiga segurando na mão dessa mulher”, explica a promotora de Justiça do Ministério Público de São Paulo, Gabriela Manssur, idealizadora da ação.

A divulgação do apoio acontece dentro das redes femininas, o conhecido boca-a-boca entre amigas, mas também por meio de pesquisas no Google e parcerias com empresas, aplicativos e movimentos da sociedade, a exemplo do Me Too Brasil e do grupo Mulheres do Brasil, que direcionam vítimas para a rede, assim como links em aplicativos de grandes empresas como o 99 Taxi e o App Magalu.


Informativo Misto Brasil

Inscreva-se para receber conteúdo exclusivo gratuito no seu e-mail, todas as semanas

Assuntos Relacionados


Informativo Misto Brasil

Inscreva-se para receber conteúdo exclusivo gratuito no seu e-mail, todas as semanas