Caso contra o fundador do WikiLeaks é um desafio à liberdade de imprensa

O governo britânico aprovou uma ordem de extradição na sexta-feira (17) para Julian Assange, o fundador do WikiLeaks, confirmando uma decisão judicial de que ele pode ser enviado aos Estados Unidos para ser julgado por acusações de espionagem, embora sua luta legal contra a decisão provavelmente não seja sobre.

Embora a ordem seja um golpe para Assange, cujo caso é visto por grupos de direitos humanos como um potencial desafio à liberdade de imprensa, ele provavelmente recorrerá mais uma vez da decisão em um tribunal britânico, um caminho que especialistas jurídicos dizem ainda estar aberto.

Um porta-voz do Ministério do Interior disse que “em 17 de junho, após consideração do Tribunal de Magistrados e do Tribunal Superior, foi ordenada a extradição do Sr. Julian Assange para os EUA”, acrescentando que “o Sr. Assange mantém o direito normal de 14 dias para apelar.”

O Ministério do Interior apontou para uma decisão do tribunal britânico que não considerou “que seria opressivo, injusto ou um abuso de processo extraditar Assange”.

Além disso, os tribunais não consideraram que a extradição “seria incompatível com seus direitos humanos, incluindo seu direito a um julgamento justo e à liberdade de expressão, e que enquanto estiver nos EUA ele será tratado adequadamente, inclusive em relação à sua saúde.

”Sua equipe de defesa ainda não disse o que vem a seguir. A aprovação da ordem por Priti Patel, a ministra do Interior, é apenas a última reviravolta em uma longa batalha judicial e ocorre depois que um tribunal britânico ordenou a extradição de Assange em abril , informou o The New York Times.