Mais da metade dos argentinos está abaixo da linha da pobreza, ou seja, 55% da população não satisfaz suas necessidades básicas
Por Misto Brasil – DF
Um estudo da Universidade Católica Argentina divulgado nesta terça-feira (21) revela que 18% da população argentina vive em situação de extrema pobreza.
Os números — resultantes da redução de 50% dos salários ocorrida entre janeiro e fevereiro— representam os piores registros em mais de 20 anos, só comparáveis aos da crise econômica de 2001-2002.
Segundo o levantamento, mais da metade dos argentinos está abaixo da linha da pobreza, ou seja, 55% da população não satisfaz suas necessidades básicas.
De acordo com o Observatório da Dívida Social da instituição, no primeiro trimestre de 2024, a pobreza atingiu 18% das pessoas.
Estes são os piores números em mais de 20 anos. Embora o fenômeno venha aumentando há anos, a política econômica de choque implementada pelo governo de Javier Milei foi determinante:
“A desvalorização da moeda foi diretamente transmitida para os preços internos, impactando na qualidade de vida da população”, disse Eduardo Donza, sociólogo e pesquisador do Observatório, à Sputnik.
Segundo o especialista, “o pico da pobreza foi alcançado em fevereiro, quando atingiu 58%. Felizmente, a desaceleração da inflação contribuiu para uma relativa queda, estabilizando-se em 55%, valor “muito preocupante”, segundo ele.