Brasileiras mantidas como escravas sexuais são libertadas na Espanha

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A Guarda Civil prendeu integrantes da organização que explorada brasileiras/Arquivo

Oito membros de uma quadrilha de cafetões foram presos. O bordel foi fechado, segundo a Guarda Civil da Espanha

Por Misto Brasil – DF

A Guarda Civil da Espanha libertou nove mulheres brasileiras que eram mantidas como escravas sexuais em um bordel em Ourense, no noroeste do país, informaram as autoridades espanholas neste sábado (22).

Oito membros de uma quadrilha de cafetões foram presos. O bordel foi fechado, confirmou a Agência DW.

Segundo as autoridades policiais, a quadrilha atrai as vítimas por meio de falsas promessas, beneficiando-se da sua situação de vulnerabilidade. Assim, que as vítimas eram atraídas, os criminosos confiscavam os seus documentos para que não pudessem sair do país e lhes exigiam o pagamento da suposta dívida financeira que tinham contraído, para o que eram forçadas a prostituir-se sob ameaça.

A Guarda Civil disse que os membros da quadrilha tinham uma “hierarquia sólida”, com funções “perfeitamente definidas” em relação ao recrutamento, transferência e exploração final.

As prisões foram realizadas nas províncias galegas de Ourense e La Coruña e também em Madri.  A operação continua em curso e parte dos trâmites está sob segredo de processo.

Fontes do governo regional da Galícia confirmaram que já ativaram o seu programa de ajuda e cuidados às vítimas libertadas.

A rede galega de abrigos atende neste momento às necessidades das vítimas da organização desmantelada em nível psicológico, terapêutico e jurídico.

Em outubro de 2023, em outro episódio similar Polícia Nacional da Espanha, em colaboração com a Polícia Federal brasileira, libertou cinco brasileiras vítimas de um esquema de escravidão sexual internacional na cidade de Almoradí, a cerca de 440 quilômetros de Madri. Na ocasião, cinco suspeitos foram presos.

Neste caso, segundo a polícia espanhola, as brasileiras haviam chegado ao país para trabalhar como faxineiras, mas foram forçadas à prostituição. As vítimas eram monitoradas 24 horas por dia com câmeras, e não podiam negar clientes. Além disso, eram forçadas a pagar aluguel, comida e água aos chefes do esquema.

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