A outra preocupação no Rio Grande do Sul agora é o frio, que deve se intensificar entre quarta-feira e sexta-feira
Por Misto Brasil – DF
O nível do lago Guaíba voltou a ultrapassar os cinco metros na tarde desta segunda-feira (13) em Porto Alegre, em meio a previsões de especialistas de que as águas possam atingir um novo recorde na madrugada desta terça-feira.
No dia 5 de maio, o lago atingiu 5,35m, o maior índice da história, culminando na maior enchente de Porto Alegre e alagando bairros inteiros e áreas que nunca antes haviam passado por situação semelhante.
Agora, a nova previsão do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da RHAMA Analysis indica que o Guaíba possa chegar a 5,40m. Nas últimas horas, o lago registrou índices de elevação sucessivos.
“Pedimos a todas as pessoas que tiveram suas residências inundadas que não voltem para esses locais. E quem voltou, saia”, alertou o governador Eduardo Leite. “Deixem essas localidades imediatamente e se coloquem em segurança”, acrescentou.
Segundo o governador, as áreas afetadas pelas inundações “voltarão a ter essa incidência e [provavelmente] precisarão voltar a ser evacuadas”.
Para tentar conter o avanço das águas sobre a cidade, a prefeitura de Porto Alegre construiu uma barricada de 1,8m improvisada com sacos de areia em frente à Usina do Gasômetro, às margens do Guaíba, no Centro Histórico.
A barreira visa evitar que a água chegue à casa de bombas 16 do Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE), responsável por drenar os bairros Cidade Baixa e Menino Deus, que registram alagamentos há uma semana.
Paralelamente, com mais de 80 mil pessoas em abrigos e mais de meio milhão de desalojadas (hospedadas na casa de parentes ou amigos), o Rio Grande do Sul se prepara para uma onda de frio e mais chuvas.
Outra preocupação agora é o frio, que deve se intensificar entre quarta-feira e sexta-feira. Equipes de voluntários correm para garantir cobertores e roupas o suficiente para os desabrigados.
Uma das maiores dificuldades é conseguir agasalhos plus size. Outro problema é conseguir lavar roupas nos abrigos, motivo pelo qual as doações seguem muito necessárias.