Corte da taxa Selic é recebido com otimismo no mercado

Banco Central prédio nuvens Misto Brasília
Banco Central controla a inflação através de seus mecanismos/Arquivo

Essa foi a sexta redução seguida na taxa Selic determinada pelo Copom, que agora está no menor patamar desde fevereiro de 2022

Por Misto Brasil – DF

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil decidiu novamente nesta quarta-feira (20) cortar em 0,50 ponto percentual a Selic, a taxa de juros básica da economia. A taxa passou de 11,25% para 10,75% ao ano, em nova decisão unânime entre os membros do Comitê.

Essa foi a sexta redução seguida na taxa Selic, que agora está no menor patamar desde fevereiro de 2022, quando estava nos mesmos 10,75% ao ano.

A decisão veio em linha com o esperado pelo mercado. O consenso LSEG de analistas já apostava em uma redução dos juros para 10,25%.

“Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho. O Comitê avalia que o cenário segue exigindo cautela por parte de países emergentes”.

O economista da MAG Investimentos, Felipe Rodrigo de Oliveira, comentou que “os grandes destaques do comunicado ficaram pela retirada do plural no forward guidance, com a autoridade monetária antevendo redução de mesma magnitude na próxima reunião, não mais nas próximas reuniões, e salientando o aumento de incerteza nas conjunturas doméstica e internacional. Ainda assim, não alteramos o nosso cenário, onde esperamos que a taxa Selic seja reduzida até 9,50% a.a.” .

Nota das incorporadoras imobiliárias

A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) recebe com otimismo a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central em reduzir a taxa básica de juros (Selic) de 11,25% para 10,75%, anunciada hoje (20/03). Essa medida é vista como um impulso não apenas para o crescimento econômico nacional, mas também para o setor imobiliário, no qual taxas de juros elevadas afetam adversamente o custo dos financiamentos habitacionais.

A entidade também entende que, diante da atual tendência da inflação, o Banco Central possui a margem necessária para persistir na redução das taxas de juros, o que cria condições mais favoráveis para o desenvolvimento econômico do país. Uma inflação mais controlada proporciona ao BC a oportunidade de continuar sua trajetória de redução da Selic. O IPCA de 2023 fechou o ano em 4,62%, e a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo de 2024 é de 3,55%.

Luiz França, presidente da Abrainc, destaca a importância de medidas contínuas para reduzir as taxas de juros que também incentivem o acesso ao crédito para os compradores de imóveis. “Essas medidas não só beneficiam o setor, tornando os financiamentos habitacionais mais acessíveis, mas também impulsionam o progresso econômico e social do Brasil.” O executivo ressalta, ainda, que essa sinalização do Banco Central também contribui significativamente para estimular o setor imobiliário, gerador de 11% dos empregos formais, 9% dos impostos e envolvido em 97 atividades econômicas. “Com essa tendência, esperamos um aumento nas vendas de imóveis para investimento, tornando-os ainda mais atrativos. Além disso, o acréscimo recente de 17% nos preços dos aluguéis, decorrente da valorização dos últimos 12 meses, fortalece a demanda por ativos imobiliários”, acrescenta França.

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