O relatório considera o desempenho em quatro subsetores: Obras Gerais, Didáticos, Religiosos e Científicos, Técnicos e Profissionais
Por Misto Brasil – DF
O faturamento nas vendas ao mercado editorial registrou uma queda de 20%, em termos reais (descontada a inflação do período) desde 2019, último ano que registrou crescimento acima da inflação. Em 2023, as editoras registraram R$ 4 bilhões.
O relatório considera o desempenho em quatro subsetores: Obras Gerais, Didáticos, Religiosos e Científicos, Técnicos e Profissionais (CTP).
Em 2023, último ano da série histórica, o mercado editorial registrou retração real no faturamento de 5%, na comparação com 2022, quando consideradas apenas as vendas das editoras ao mercado.
Os números constam na série histórica da pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, coordenada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), com apuração da Nielsen BookData.
Veja as séries históricas Produção de Vendas e Conteúdo Digital.
O presidente da CBL, Sevani Matos, disse que o cenário é preocupante. “Os resultados são preocupantes e refletem a redução no número de leitores, aliada à falta de políticas públicas consistentes para incentivo à leitura, que tem afetado diretamente o setor”.
O presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), Dante Cid, se mostrou preocupado com os números.
“A combinação da queda em volume em Obras Gerais e Didáticos com o dramático declínio do CTP resulta neste inquietante quadro.”
O subsetor de Didáticos apresentou queda de 3% em termos reais nas vendas ao mercado. As editoras não conseguiram recuperar as perdas acumuladas desde o início da crise econômica e alcançaram o patamar mais baixo dos últimos 18 anos.
As vendas ao mercado do subsetor de Obras Gerais em 2023 tiveram desempenho em termos reais de -7%.
O subsetor de Religiosos registrou um recuo em termos reais próximo de zero, de -0,1%.
O subsetor de CTP registrou novamente queda acentuada em termos reais, com -10%. É o subsetor que apresentou o patamar mais baixo em 18 anos, com uma queda real de 61%.