2023 foi o ano mais quente já registrado em 174 anos

Chile incêndio florestal Misto Brasil
Incêndios florestais provocaram mortes no Chile/Arquivo/Reprodução vídeo

Relatório foi apresentado nesta terça-feira pela Organização Meteorológica Mundial sobre o monitoramento climático

Por Misto Brasil – DF

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) confirmou nesta terça-feira (19) que 2023 foi o ano mais quente já registrado em 174 anos, provocando efeitos que fazem da mudança climática “o desafio essencial da humanidade”.

A entidade alertou ainda que há uma “alta probabilidade” de que 2024 seja outro ano de calor recorde. “Há uma grande probabilidade de que 2024 bata novamente o recorde de 2023”, disse o chefe de monitoramento climático da OMM, Omar Baddour.

A secretária-geral da OMM, a argentina Celeste Saulo, apresentou o relatório climático de 2023, e destacou que a temperatura média mundial foi 1,45 grau superior à média da era pré-industrial (1850-1900) e 12% superior ao recorde anterior (em 2016 o aumento médio foi de 1,29 grau).

“A Terra está emitindo um pedido de socorro”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, acrescentando que o relatório da OMM “mostra um planeta à beira do abismo”.

O relatório da agência meteorológica das Nações Unidas acrescenta que as ondas de calor marinhas afetaram, em média, um terço dos oceanos todos os dias (em 2016 a área afetada em média foi de 23%).

Além disso, em fevereiro de 2023 foi registrado um mínimo histórico na extensão do gelo marinho antártico, além das maiores perdas de gelo nos glaciares desde que elas começaram a ser medidas em meados do século 20.

A extensão do gelo marinho da Antártida foi “de longe a mais baixa de que há registro”, com a extensão máxima no final do inverno situando-se 1 milhão de quilômetros quadrados abaixo do ano recorde anterior – o tamanho da França e da Alemanha juntas.

Os glaciares sofreram a maior perda de gelo de que há registro, devido ao “degelo extremo” no oeste da América do Norte e na Europa.

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