França vota numa eleição parlamentar que poderá fazer história

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Macron faz o discurso da vitória contra Le Penno centro de Paris/Arquivo/Le Parisien

Esta é uma eleição de dois turnos, e a maioria das 577 cadeiras da Assembleia Nacional não serão decididas até o segundo turno

Por Misto Brasil – DF

A França vota no domingo numa eleição parlamentar que poderá fazer história, com a extrema direita mais próxima do poder do que nunca nos tempos modernos, anotou o repórter Paul Kirby, da BBCNews.

O Rally Nacional (RN) de Marine Le Pen e Jordan Bardella está bem à frente nas sondagens – três semanas depois de terem vencido as eleições europeias e o presidente Emmanuel Macron reagiu convocando uma votação nacional.

Leia – tudo ou nada nas eleições da França neste domingo

Mais de 2,6 milhões de pessoas dos 49 milhões de eleitores da França se registraram para votar por procuração, uma indicação do alto comparecimento esperado para uma eleição tão crucial.

Esta é uma eleição de dois turnos, e a maioria das 577 cadeiras da Assembleia Nacional não serão decididas até o segundo turno, no próximo domingo.

A campanha durou apenas 20 dias, e isso também beneficiou o RN, que rapidamente refinou as suas promessas existentes sobre imigração, insegurança, bem como cortes de impostos para enfrentar a crise do custo de vida.

Jordan Bardella quer ser o primeiro primeiro-ministro do RN, e seu partido está confiante de que vencerá dezenas de distritos eleitorais no primeiro turno.

Mas ele diz que só aceitará o cargo se o partido obtiver uma maioria parlamentar absoluta de 289 assentos. A alternativa seria um parlamento suspenso e um impasse.

Assim que os primeiros resultados saírem na noite de domingo, os oponentes do Rally Nacional terão que decidir em quem apoiar nas disputas de segundo turno em toda a França, em uma tentativa de garantir que a maioria absoluta não aconteça.

Se as sondagens estiverem certas, muitas das segundas voltas colocarão a Reunião Nacional contra uma aliança de esquerda montada às pressas chamada Nova Frente Popular, que acredita que poderá até ganhar as eleições.

Nas eleições anteriores, partidos de todo o espectro uniram-se para manter a extrema direita afastada e os eleitores taparam o nariz para o fazer.

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