Maior drone militar do Brasil fará primeiro voo no próximo ano

Drone brasileiro construção Misto Brasil
Funcionários da Stella Tecnologia preparam o protótipo que deve voar em 2025/Divulgação

O projeto Atoba XR que é conduzido pela empresa Stella Tecnologia, tem a parceria da Força Aérea Brasileira

Por Misto Brasil – DF

Mais de 16 mil quilômetros de fronteiras e uma faixa litorânea que ultrapassa 7 mil quilômetros. A extensão continental de um país como o Brasil também traz grandes desafios para o monitoramento pelas Forças Armadas.

Para fazer frente a isso e com uso de tecnologia nacional, a Força Aérea Brasileira investe no desenvolvimento do maior drone já produzido no país: o Atoba XR produzido pela Stella Tecnologia, com sede no Rio de Janeiro, fará o primeiro voo no próximo ano.

O equipamento militar é 40% maior que o israelense Hermes 900, atualmente em uso no país, e terá capacidade de voo de 35 horas, como explicou à Sputnik Brasil o CEO da empresa, Gilberto Buffara.

“O nosso primeiro produto também foi, na época, o maior já produzido no Brasil e voou pela primeira vez em 2020, o Atobá, que também foi de maior porte de todo o hemistério Sul”, registrou a Agência Sputnik.

“É um drone de 500 quilos e agora o que estamos desenvolvendo terá 1.400 quilos, vai poder levar radares e câmeras de alta precisão que transformarão o equipamento em um super monitorador de fronteiras. Buscamos oferecer ao mercado brasileiro produtos de tecnologia de ponta com competitividade nacional”.

A produção está em fase de projeto, que será finalizado em agosto, quando a empresa vai iniciar a construção do drone. Conforme Buffara, a expectativa é que até agosto do ano que vem os testes de voo sejam iniciados.

“Tecnoligamente está em par com o Hermes 900 no que diz respeito à tecnologia aeronáutica. Mas vamos ofertar um produto mais barato e com capacidade de voo maior”, pontua.

E já há conversas para exportação do produto para países no Oriente Médio, Europa e Leste Europeu, para além da entrega à Força Aérea Brasileira.

“Um negócio não fica de pé se não houver exportação e isso é muito interessante para o país, ter uma empresa que gera riqueza através do desenvolvimento tecnológico”, enfatiza.

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