PPCUB prevê novos hoteis com 12 andares no Plano Piloto

Plenário Câmara Legislativa DF Misto Brasília
Votação no plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal/Arquivo/Divulgação

O projeto será votado nesta quarta-feira pela Câmara Legoslativa após receber um relatório da Comissão de Assuntos Fundiários

Por Misto Brasil – DF

O Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB) será votado nesta quarta-feira (19) à tarde pelos deputados distritais, confirmou o presidente da Câmara Legislativa, deputado distrital Wellington Luis (MDB).

Veja logo abaixo as entrevistas com o presidente da CLDF, Wellington Luis, e o deputado Iolando de Souza (MDB)

Antes de seguir para o plenario da Câmara Legislativa, o texto será ainda complementado com a um relatório da Comissão de Assuntos Fundiários (CAF). Nesta terça-feira (18), haverá uma audiência para a formatação das conclusões.

O acordo para votação aconteceu na reunião de líderes das bancadas “quase por unanimidade”, observou o presidente da CLDF. A decisão aconteceu com a participação do secretário da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, Marcelo Vaz, que explicou o conteúdo do calhamaço do projeto.

A proposta do governo tem 70 páginas de textos e mais de mil páginas com informações técnicas. Altera questões importantes em toda a área do Plano Piloto, Candangolândia, Lagos Norte e Sul, Octogonal e o Parque Nacional de Brasília.

A principal proposta e talvez a mais polêmica, é a substituição de 16 hoteis com até dois andares por prédios de 12 andares nos setores hoteleiros da Asa Sul e Asa Norte.

A medida agrada o setor hoteleiro e a indústria imobiliária, mas é motivo de protestos para quem defende o patrimônio arquitetônico. A alegação é que Brasília poderá perder o título de Patrimôminio Histórico da Humanidade.

O deputado distrital Chico Vigilânte (PT) disse que vai orientar a sua bancada de três parlamentares a votar contra todo o arcabouçou do PPCUB.

Os parlamentares apresentaram 170 propostas que foram aceitas pelo relator, deputado joão Hermeto (MDB). O relator disse que não aceitará mais sugestões de emendas, porque 85% das propostas tiveram a concordândia do governos distrital.

Na audiência pública realizada em maio, o professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UnB, Benny Schvarsberg, disse que o projeto carece de mais conteúdo relativo à preservação.

“Prevalece a função de plano de uso e ocupação do solo em detrimento ao plano de preservação”.

José Leme Galvão Júnior, do Fórum das Entidades em Defesa do Patrimônio Cultural Brasileiro, também criticou a falta de dispositivos de preservação na proposta do governo. “Não reconhecemos nesse projeto um plano de preservação”, afirmou.

 

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