As manobras com aviões e embarcações chineses ocorrem três dias após Lai Ching-te tomar posse como novo presidente da ilha
Por Misto Brasil – DF
A China iniciou na manhã desta quinta-feira (23) uma série de exercícios militares em torno de Taiwan, anunciando que o deslocamento de forças é uma “forte punição pelos atos separatistas” na ilha.
Os exercícios chineses ocorrem três dias após Lai Ching-te tomar posse como novo presidente da ilha. A China reivindica Taiwan como parte do seu território e vem rotulando Lai como “um separatista perigoso”.
Em seu discurso de posse, Lai havia pedido ao regime de Pequim para interromper “a intimidação política e militar contra Taiwan” e instou o país a “manter a paz e estabilidade” na região.
Em resposta, o porta-voz militar da China continental, Li Xi, disse que os exercícios se concentrariam em “patrulha conjunta de prontidão para combate marítimo-aéreo, apreensão conjunta do controle abrangente do campo de batalha e ataques de precisão conjuntos em alvos-chave”.
Li acrescentou que os exercícios “envolvem a patrulha de embarcações e aviões se aproximando de áreas ao redor da ilha de Taiwan e operações integradas dentro e fora da cadeia de ilhas para testar as capacidades conjuntas de combate real das forças do comando”.
![Mapa região de Taiwan Misto Brasília](https://mistobrasilia.com/wp-content/uploads/2021/10/mapa-taiwan-e-regiao.png)
O porta-voz disse que os exercícios também serviriam como “forte punição pelos atos separatistas das forças da ‘independência de Taiwan’ e um aviso severo contra a interferência e provocação por forças externas.”
A resposta de Taiwan à ação da China foi imediata e envolveu a mobilização de suas Forças Armadas.
“O exercício militar desta vez não só não ajuda na paz e na estabilidade no Estreito de Taiwan, mas também destaca a mentalidade militarista do Partido Comunista chinês, que é a essência do expansionismo militar e da hegemonia”, disse o Ministério da Defesa Nacional (MND) de Taiwan em um comunicado.
O ministério também condenou “firmemente as ações e provocações irracionais que minam a paz e a estabilidade regionais”. “Mobilizamos forças marítimas, aéreas e terrestres para responder e defender a liberdade, democracia e soberania” da ilha, acrescentou a pasta.