O deputado Arthur Lira (PP-AL) venceu a eleição para a presidência da Câmara dos Deputados na eleição que terminou há pouco. Ele recebeu 302 votos, resultado de uma intensa articulação política que começou no ano passado e que teve a participação do presidente Jair Bolsonaro. Os oito deputados federais que representam o Distrito Federal estiveram presentes. Atualizado às 23h13
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O parlamentar chega ao comando da Câmara com a promessa de “independência, mas hormônica”. Líder do Centrão, Arthur Lira teve embates nos últimos meses com o ex-presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ). O segundo colocado foi Baleia Rossi (MDB-SP), que recebeu 145 votos. Fábio Ramalho (MDB-MG), teve 21, Luíza Erundina (PSol-SP), 16, Marcel van Hattem (NOvo-RS), 13, André Janones (Avante-MG), três, Kim Kataquiri (DEM-SP), dois e General Peternelli (PSL-SP), um voto.
Principais trechos do discurso de Lira
“A Câmara dos Deputados tem de ser de todos, não pode ser do ‘eu’, tem de ser de nós.
“É preciso democratizar a presidência desta Casa, fortalecer as instâncias colegiadas e as comissões, ampliar a transparência e a isenção. Quanto mais ritos, mais previsibilidade e menos surpresas”.
“A presidência não pode falar pela Casa”, avaliou, ressaltando que as principais decisões devem caber sempre ao Plenário.
“Quando um deputado atinge uma posição destacada [como a presidência da Câmara], é a esse deputado que cabe a posição de comandar a Casa, e é por isso que o presidente não vota, para não externar posições pessoais”,
“A palavra precisa voltar a funcionar nesta Casa”, disse, ressaltando que ouvirá todos os parlamentares. “Ao presidente não cabe falar, mas sim ouvir”, afirmou.
“A Câmara não pode continuar sendo a Câmara do EU! A Câmara tem de ser a Câmara do ‘nós’. E isso não é um slogan de campanha, uma frase de efeito“, disse Lira. “Olhem para a cadeira da presidência: por acaso há ali um trono? Não!”.
“Temos de dar voz a todas as deputadas e a todos os deputados. Por isso, temos de retirar o superpoder da presidência, como foi nos últimos anos, e devolver este superpoder para seu único legítimo dono: o plenário”.
“O presidente não pode ter posições pessoais. E se um deputado ou deputada quiser ter posições, que não seja presidente. Que fique no plenário para expressá-las através de seu voto”.
