O fogo que consumiu 2,4 mil hectares do Parque Nacional de Brasília e deixou parte da capital tomada pela fumaça desde o domingo
Por Misto Brasil – DF
A presidente do Parque Nacional de Brasília, Larissa Diehl, disse hoje (17) quer não é possível fazer um balanço dos prejuízos para a fauna, porque todos estão preocupados em monitorar os focos ainda ativos.
Mas lamentou a queima das matas de galerias, que protegem os cursos d’água que abastecem as cidades e demoram para se recuperar.
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“O impacto é gigantesco. A mata de galeria não tem condições de se recuperar na mesma velocidade que o Cerrado stricto sensu. Então, a mata de galeria é bastante importante água que abastece o DF. A barragem de Santa Maria abastece cerca de 45% da água do DF e pode ter impactos na quantidade e na qualidade de água para a população”.
O fogo que consumiu 2,4 mil hectares do Parque Nacional de Brasília e deixou parte da capital tomada pela fumaça desde o domingo (15) não está mais com chamas visíveis. O incêndio se tornou subterrâneo e consome o material combustível acumulado embaixo da terra em dois focos ainda ativos nesta terça-feira.
Agora, o risco é que, com o período mais quente do dia, as chamas voltem a se alastrar.
Os bombeiros e brigadistas passaram a madrugada combatendo o fogo no Parque de Brasília. Com isso, a situação é bem menos crítica que a de ontem, segundo explicou o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Mauro Pires.
Com 147 dias sem chuvas este ano no Distrito Federal, o tempo quente e seco dificulta o trabalho das equipes e facilita a propagação das chamas. O maior período de estiagem em Brasília foi registrado em 1963, com 163 dias de seca.
Brasília está em alerta amarelo para baixa umidade nesta terça-feira. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), suspendeu as férias dos bombeiros, incluindo os militares que estão cedidos para a Força Nacional.