Edmundo Urrutia deixou a Venezuela após pedir asilo à Espanha

Venezuela Eduardo González Urrutia candidato Misto Brasil
Eduardo González foi o candidato da oposição ao governo da Venezuela/Arquivo/X Urrutia

González já estava refugiado na embaixada espanhola em Caracas há alguns dias após um pedido de prisão

Por Misto Brasil – DF

Edmundo González Urrutia, candidato que enfrentou o presidente Nicolás Maduro na contestada eleição de 28 de julho, pediu asilo à Espanha e deixou a Venezuela na noite de sábado (07).

“Edmundo González voa neste momento à Espanha em um avião da Força Aérea espanhola”, afirmou à imprensa o ministro de Assuntos Exteriores espanhol, José Manuel Albares, durante viagem oficial à China.

Ele confirmou que a Espanha concederá asilo ao venezuelano, segundo divulgou a DW.

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González já estava refugiado na embaixada espanhola em Caracas há alguns dias, após o Ministério Público da Venezuela pedir a sua prisão por “incitação à desobediência” e “conspiração”.

A oposição denuncia que houve fraude na eleição – o que foi corroborado por entidades internacionais.

Forças do regime chavista têm reprimido com violência as manifestações que questionam a autoproclamada vitória de Maduro para um terceiro mandato, com 52% dos votos.

A Justiça venezuelana investiga González pela publicação de atas eleitorais, obtidas em locais de votação, em uma página na internet. Segundo os documentos extraoficiais, o candidato teria obtido 60% dos votos.

O governo afirma que se trata de um material fraudulento, mas até o momento não apresentou provas da vitória de Maduro.

O Conselho Nacional Eleitoral tem sido pressionado pela oposição e pela comunidade internacional para tornar públicos os registros detalhados de votação, o que ainda não aconteceu.

Estados Unidos, União Europeia e vários países da América Latina estão entre os que têm contestado o resultado proclamado e pedido uma verificação dos votos.

Desde as eleições, a Venezuela mergulhou em uma situação de violência e repressão. Até o momento, 27 manifestantes foram assassinados, 192 feridos e 2.400 presos, entre eles menores de idade.

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