Já existe um quadro de ação para o cessar-fogo com o qual tanto Israel quanto os palestinos aparentemente concordam
Por Misto Brasil – DF
Nos massacrantes dez meses do conflito na Faixa de Gaza, o ciclo tem se repetido: autoridades anunciam que está prestes a ser fechado um cessar-fogo que garantiria o fim dos combates, a segurança dos civis palestinos e a libertação dos reféns israelenses.
Mas aí, dias ou apenas horas mais tarde, vêm as notícias de que as negociações chegaram a um impasse e todo acordo está novamente suspenso, anotou a Agêcia DW.
Paralelamente, ouvem-se acusações, tanto de Israel quanto do grupo radical islâmico Hamas, de que o outro está obstruindo um consenso, com exigências desmesuradas e mudanças de última hora.
Na realidade já existe um quadro de ação para o cessar-fogo com o qual tanto Israel quanto os palestinos aparentemente concordam – na maior parte.
O atual conflito começou em 7 de outubro de 2023, quando um ataque pelo Hamas resultou na morte de cerca de 1.200 israelenses, enquanto mais de 250 foram tomados como reféns.
O grupo fundamentalista islâmico, que administra parte da Faixa de Gaza, é classificado como terrorista pela União Europeia e os Estados Unidos, entre outros.
Desde então, a campanha de retaliação militar pelo governo de Benjamin Netanyahu já matou mais de 40 mil palestinos, a maioria civis, além de obrigar a maior parte dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza a abandonarem suas casas.
A mais recente rodada de negociações para um cessar-fogo começou em maio. Desde então, mediadores de países como os EUA, Catar e Egito têm tentado guiar ambas as partes no sentido de uma solução pacífica.