As eleições estão marcadas para os dias 20 e 21. A Comissão Organizadora da Consulta informou que três chapas estão concorrendo
Por Misto Brasil – DF
Será na quarta-feira (07) o terceiro debate entre os três candidatos a reitor da Universidade de Brasília (UnB). O encontro está previsto para o auditório da Faculdade UnB Planaltina.
A UnB possui cerca de 50 mil alunos – 21.044 alunos matriculados em cursos de graduação, 4.353, em cursos de especialização e 3.908, em cursos de mestrado ou doutorado.
O colégio eleitoral também é formado por 3 mil servidores técnico-administrativos, 2,6 mil professores do magistério superior de quase 140 cursos.
O quarto e último debate da campanha está marcado para o dia 12, no auditório da ADUnB, no campus Darcy Ribeiro. Em caso de segundo turno, acontecerá um novodebate presencial, no campus Darcy Ribeiro no dia 28 de agosto, às 18 horas.
As eleições estão marcadas para os dias 20 e 21 de agosto. A Comissão Organizadora da Consulta (COC) informou que três chapas estão concorrendo.
Quem está concorrendo
A chapa 90: Pensar e fazer UnB, é encabeçaada pelos professores Olgamir Amancia (candidata a reitor), da Faculdade UnB Planaltina, e Gustavo Romero (candidato a vice-reitor), da Faculdade de Medicina.
A chapa 99: A UnB que queremos, tem como candidata a reitora Fátima Sousa, da Faculdade de Saúde, e o engenheiro Paulo Celso dos Reis.
A chapa 93: Imagine UnB: Participar e Transformar, tem como candidata a reitora Rozana Reigota Naves e como candidato a vice, Márcio Muniz de Farias.
Respostas no primeiro debate
A pergunta – “Candidatas recentemente o corpo técnico-administrativo das Universidades e dos Institutos Federais a nível Nacional fizeram a maior greve dos últimos anos tendo como pauta reestruturação da carreira e a reposição salarial.
O movimento paredista avançou em conquistas que com certeza irão garantir melhores condições de evolução na carreira, nas condições de trabalho com a conquista das 30 horas e impactos nos contracheques.
Neste contexto o Sintfub pergunta como a sua gestão pretende garantir a implementação dessas conquistas?
A candidata a reitora Maria Fátima de Sousa, declarou que o programa de sua chapa tem o compromisso com o PGD “não só cuidando do teletrabalho ou sua modalidade mista para que possam não só não serem assediados, que possam ser cuidados e não tenha pressão de nenhum dos seus chefes imediatos”. Assim como temos acordo com a “flexibilização, em especial né das 30 horas e certamente nosso plano reafirma compromisso com os processos de qualificação e de formação dos nossos técnicos”.
“Mas tem duas questões que para nós são muito caras que é fazermos a nossa gestão de forma horizontal e os nossos técnicos administrativos possam fazer parte na nossa gestão nos lugares onde eles tenham perfil, competência e habilidade para fazê-lo”, disse.
Segundo Fátima, será mantida a formação e qualificação, com possibilidade de realização de mestrado e doutorado e uma Mesa Permanente de Negociação, “de valorização dos trabalhadores em que eles possam revisar o seu processo de trabalho”.
O candidato a vice-reitor, professor Paulo Celso dos Reis, disse que “se você olhar o perfil hoje dos nossos técnicos, 10% dos técnicos tem doutorado e isso não permite que eles cheguem ao final da carreira e foi aberta agora oito vagas no doutorado profissional da Universidade. Dá para ver que há um descompasso entre a oferta de vagas e a necessidade da categoria”. Para ele é preciso pensar em “uma forma que os nossos colegas técnicos possam chegar ao final de carreira de forma efetiva e muito mais incisiva porque senão nós vamos atrapalhar a carreira desses técnicos”. E ter “uma política de moradia, plano de saúde, creche, e transporte intercampi” coisas que impactam nos salários dos trabalhadores, concluiu.
A candidata a Reitora Rozana Reigota Naves, lembrou que acompanhou de perto o movimento paredista dos técnico-administrativos e docentes, inclusive participando de assembleias e atos da greve e reconheceu “o resultado e as conquistas decorrentes dessa luta que é importante e é de todos porque é em defesa da educação pública, gratuita autônoma e de qualidade”.
“Nosso programa tem como um dos eixos a valorização de todas as pessoas da nossa comunidade”. E lembrou que que participou da comissão de flexibilização por quase quatro anos e é “uma defensora da jornada de 30 horas para os nossos técnicos e técnicas e consegui implementar de forma efetiva essa conquista no Instituto de Letras”.
“Também pude participar da elaboração da primeira resolução do programa de gestão e desempenho em 2021, lá se vão três anos, e agora que está sendo implementada” portanto há compromisso com essa pauta. Sobre o RSC disse que essa conquista do movimento paredista “merece um olhar especial por parte da nova gestão a partir do que vai sair da Mesa junto ao governo federal” e que “para além da ampliação das vagas de mestrado e doutorado profissional, é preciso reconhecer também a qualificação dos técnicos por meio da participação em projetos de pesquisa de extensão, sua capacitação por meio do exercício da coordenação, de participação em projetos significa reconhecer os saberes e as competências desenvolvidos também pela participação na gestão. Muitos técnicos já há bastante tempo atuam em atividades que os habilitam a serem promovidos e a obterem resultados a partir de estratégias outras que não sejam exatamente a titulação em mestrado e doutorado”.
“Nos comprometemos também com a o fortalecimento do nosso Decanato de Gestão de Pessoas e no que diz respeito à implementação de uma efetiva política de gestão de pessoas que contemple as demandas e a fazer uma gestão próxima das técnicas dos técnicos comprometida com a carta que recebemos ontem do Sintfub”.