O fogo transfronteiriço entre Israel e Líbano tem crescido constantemente desde 8 de outubro, quando o Hezbollah disparou foguetes
Por Misto Brasil – DF
Na manhã seguinte à queda de um foguete em um campo de futebol nas Colinas de Golã ocupadas por Israel, matando 12 crianças e adolescentes, as autoridades da Universidade de Haifa anunciaram que todos os funcionários baseados acima do quinto andar no prédio de 30 andares deveriam trabalhar de casa.
O medo está crescendo de que eles estejam na linha de fogo do grupo militante libanês Hezbollah, segundo informou a BBC News.
“Na última guerra com o Hezbollah em 2006, suas armas chegaram a Haifa”, Esther Parpara, membro da equipe da universidade me contou.
“Este é um momento perigoso. Os pais estão ajudando a polícia e os guardas a patrulhar os jardins de infância. Estou evitando lugares lotados. Não buscamos guerra – mas o Hezbollah quer destruir Israel e o povo judeu, então podemos simplesmente deixá-los fazer isso sem nos defender?”
O fogo transfronteiriço entre Israel e Líbano tem crescido constantemente desde 8 de outubro, quando o Hezbollah disparou foguetes e granadas em locais israelenses em solidariedade ao ataque do Hamas a Israel um dia antes. Ambos os grupos pedem a destruição do estado israelense.
Ataques frequentes do Hezbollah atingiram o norte de Israel e as Colinas de Golã, que Israel tomou da Síria durante a guerra de 1967 e anexou em 1981.
Israel lançou ataques aéreos e mísseis no sul do Líbano e além, incluindo uma onda de ataques durante a noite, aparentemente em resposta ao lançamento de foguetes no sábado.
Os ataques retaliatórios desde outubro mataram mais de 450 pessoas no Líbano – cerca de 100 delas civis – enquanto Israel diz que 23 civis e 17 soldados foram mortos. As escaramuças foram relativamente contidas, sugerindo que ambos os lados estavam tentando evitar um confronto direto.