O objetivo é prejudicar o trabalho dos observadores, já que Maduro poderá perder as eleições e o chavismo o poder
Por Misto Brasil – DF
O governo da Venezuela tomou diversas medidas esta sexta-feira (26) para impedir que ex-presidentes e parlamentares estrangeiros assistissem às eleições deste domingo (28).
As autoridades daquele país detiveram e expulsaram uma delegação do Partido Popular (PP) composta por 10 deputados, senadores e parlamentares europeus no aeroporto de Caracas, conforme confirmou o líder do partido, Alberto Núñez Feijóo.
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“Exijo a sua libertação imediata e que o Governo de Espanha forneça os meios necessários para esse fim”, escreveu ele em X.
Simultaneamente, a ex-presidente panamenha Mireya Moscoso confirmou que o voo em que viajava com ex-líderes do México, Costa Rica, Bolívia e Colômbia foi detido no Aeroporto Internacional de Tocumen, no Panamá.
O grupo de ex-líderes latino-americanos é formado por Jorge Tuto Quiroga da Bolívia, Miguel Ángel Rodríguez da Costa Rica, Mireya Moscoso do Panamá, Vicente Fox do México e a ex-vice-presidente da Colômbia Marta Lucía Ramírez, todos membros da Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas (IDEA), que reúne líderes de direita da América Latina e da Espanha.
“Queríamos estar com vocês no domingo, para que houvesse uma mudança, porque a Venezuela precisa disso. “Queremos uma Venezuela livre”, disse o ex-presidente Moscoso aos demais passageiros do avião da Copa Airlines detido.
Um dos principais líderes do chavismo, Diosdado Cabello, já havia alertado sobre isso em seu programa de televisão. “Eles acreditam que você entra na Venezuela assim? […] “Eles não são convidados, são frequentadores de shows, acreditam que com isso a gente vai sair:
‘Ah, se eles aparecerem no aeroporto… Vamos expulsá-los, vamos vai expulsá-los, não tem problema!'”, disse ele em transmissão de seu programa, “Com o martelo dando”, registrou o El País.