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O mercado se comportou diante dos comentários do governo, que influenciou na queda do dólar nos últimos três dias
Por Misto Brasil – DF
O dólar à vista ultrapassou a barreira dos R$ 5,65 nesta segunda-feira (01) e encerrou a sessão no maior valor em dois anos e meio. Nesta rápida da semana, veja como oscilou o valor do real diante do dólar.
Os profissionais do mercado citaram novamente o desconforto com a política fiscal do governo Lula da Silva como principal motivo para a demanda pela moeda norte-americana, em um dia marcado ainda pelo avanço da divisa dos EUA no exterior.
Dados econômicos dos EUA na quarta-feira (03) apontaram para uma moderação do mercado de trabalho e ampliaram o otimismo dos investidores por um corte na taxa de juros do Federal Reserve ainda neste ano, o que também ajudou na forte queda da divisa norte-americana no Brasil.
Quanto mais o banco central dos EUA cortar os juros, pior para o dólar, que se torna comparativamente menos interessante quando os rendimentos dos Treasuries diminuem.
O Ibovespa abriu a sessão desta sexta-feira, (05), em queda de 0,38% aos 126.639 pontos. O destaque do dia é o payroll (relatório de desemprego) nos Estados Unidos, que é equivalente ao nosso Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), e serve como termômetro da economia americana.
A apreciação do real frente ao dólar na véspera foi atribuída às sinalizações de cortes de gastos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O corte de R$ 26 bilhões visa cumprir o arcabouço fiscal, que estabelece regras para que o governo não gaste mais do que arrecada.
Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), os cortes ocorreram através da identificação de benefícios sociais pagos de forma irregular, como aposentadorias por invalidez, auxílio-doença e Bolsa Família.
Às 12h49 a moeda americana caía 0,11%, a R$5,480. Às 14 horas, o dólar caía 0,06%, cotado a R$ 5,4838.
O índice serve como termômetro da economia local e trouxe uma surpresa positiva no avanço da taxa de desemprego, que subiu de 4% em maio para 4,1% em junho, o que mostra um mercado de trabalho menos aquecido.
O dólar comercial caiu pelo terceiro dia seguido, agora com 0,46%, a R$ 5,46, reforçando o período positivo dos mercados. Além disso, os DIs (juros futuros) terminaram o dia com quedas por toda a curva.