Lula da Silva fala em jogo de interesse especulativo contra o real

Lula da Silva presidente dedos Misto Brasil
Lula da Silva afirmou que não há crise entre o Planalto e o Legislativo/Arquivo/Divulgação/PR

O presidente disse que disse que quando retornar para Brasília, na quarta-feira, vai ter uma reunião para discutir tal situação

Por Misto Brasil – DF

O presidente Lula da Silva (PT) opinou sobre a crescente alta do dólar nas últimas semanas, que fechou o dia cotado a R$ 5,66 na segunda-feira (01).

Em entrevista à rádio Sociedade da Bahia, nesta terça-feira (02), o petista disse considerar que há um “jogo de interesse especulativo contra o real no país” que tem mantido a valorização da moeda estrangeira.

“Obviamente que me preocupa essa subida do dólar. É uma especulação“, iniciou o presidente. Em seguida, Lula disse que quando retornar para Brasília, na quarta-feira (03), vai ter uma reunião para discutir tal situação. “Não é normal o que está acontecendo”, considerou.

Lula da Silva disse que não considera que as altas da moeda estejam relacionadas às suas entrevistas. Ele deu como exemplo que, na semana passada, o dólar teria começado a subir 15 minutos antes de uma conversa dele com um portal.

Além disso, o presidente aproveitou para reiterar o que tem dito em quase todas entrevistas que participa, tecendo críticas à postura do Banco Central. “Definitivamente, eu acho que ele tem um viés político“, afirmou Lula em referência ao presidente do BC, Roberto Campos Neto.

“Eu não posso fazer nada, porque ele é presidente do Banco Central, ele tem um mandato, ele foi eleito pelo Senado. Eu tenho que esperar terminar o mandato e indicar alguém”, complementou Lula.

Pesquisa aponta as dificuldades de Lula da Silva no Congresso

Levantamento feito mensalmente pelo InfoMoney com consultorias e analistas independentes sobre alguns dos principais temas em discussão na cena política nacional, o atual governo vive seu pior momento em termos de força parlamentar em mais de 1 ano.

A 56ª edição do estudo, realizada entre os dias 11 e 17 de junho, mostra que apenas 18% dos entrevistados consideram “alta” a capacidade de o Executivo aprovar proposições no Legislativo – menor marca desde maio do ano passado, quando o grupo somou 0%.

Para 55% dos analistas políticos consultados, a relação entre os dois Poderes é “ruim”, e 91% acreditam que ela vai seguir nessa toada ou até piorar nos próximos 6 meses.

Com o objetivo de mapear possíveis causas para o problema, o levantamento testou o peso de 8 variáveis na avaliação dos especialistas participantes.

No geral, todas foram apontadas como responsáveis em alguma medida para a fotografia observada, mas duas ganham destaque na explicação: 1) o avanço do Congresso Nacional sobre o orçamento público nos últimos anos; e 2) o distanciamento ideológico entre o governo Lula e a atual configuração do parlamento.

Em ambos os casos, 82% dos analistas políticos consultados consideram “alto” o impacto das variáveis sobre as dificuldades enfrentadas pelo Palácio do Planalto, tanto na Câmara dos Deputados, quanto no Senado Federal. Considerando uma escala de 1 (muito baixo) a 5 (muito alto), a média das respostas dos especialistas indica um peso mais elevado para o primeiro componente: 4,36 contra 3,91.

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