Dólar comercial fecha em R$ 5,65 e o Ibovespa em alta

Combate à corrupção dólar Misto Brasília
O dólar norte-americano é a moeda preferida em todo o mundo/Arquivo/ONU

E os juros futuros subiram, sobretudo nos vértices mais curtos. Os principais índices em Nova York conseguiram ganhos

Por Misto Brasil – DF

O Ibovespa ainda surfa na tendência de alta vista no final de junho. Hoje (01), no primeiro pregão do semestre (e da semana e de julho e do 3T24), o índice conseguiu alta de 0,65%, aos 124.718,07 pontos, um ganho de 811,52 pontos.

O dólar comercial também segue em alta, embora tenha aberto o dia em queda, fechando com mais 1,15%, a R$ 5,65 – disparando na reta final.

E os juros futuros (DIs) subiram, sobretudo nos vértices mais curtos. Lá fora, os principais índices em Nova York conseguiram ganhos.

A questão fiscal segue no foco. Com o presidente Lula da Silva garantindo que o salário mínimo não terá alteração de política, e que não fará “ajuste fiscal com o salário mínimo”, o mercado faz projeções do custo da valorização.

De acordo com estimativas feitas pelo economista Fabio Giambiagi, pesquisador associado do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, o impacto em 10 anos chegará a R$ 550 bilhões.

Na prática, caso esse cenário se confirme, boa parte do ganho obtido com a reforma da Previdência, em 2019, será anulada, segundo o InfoMoney.

A política de valorização do salário mínimo também ameaça o arcabouço fiscal, aprovado no ano passado pelo Congresso e cujo limite avança em ritmo mais lento (até 2,5% acima da inflação).

“Essa mudança da regra tem efeitos absolutamente devastadores para o futuro da Previdência Social”, afirmou Giambiagi, em entrevista ao jornalFolha de São Paulo.

“A reforma de 2019 não foi feita para reduzir a despesa do INSS. Todo mundo sabia que a despesa do INSS continuaria a aumentar”, explica o economista.

Mas o Ministério da Fazenda busca compensações, agora pelo lado da despesa, o que tem agradado o mercado. A possível mudança na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), em discussão na pasta, dentro da agenda de revisão de despesas para o equilíbrio fiscal, poderia gerar uma economia de pelo menos R$ 20 bilhões para o governo no cumprimento do piso constitucional da Saúde.

O número é resultado de estimativas feitas por economistas a pedido desta reportagem, após o InfoMoney antecipar, na sexta-feira (28), que a equipe econômica estuda alterar o conceito da RCL para reduzir a base de cálculo sobre a qual é calculado o mínimo de 15% de despesas na área da Saúde.

Esse número pode aumentar para próximo de R$ 23 bilhões, dependendo da conta.

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