Em entrevista nesta manhã, o presidente disse também que poderá ser candidato à reeleição, mas disse que não é o tema do momento
Por Misto Brasil – DF
O presidente Lula da Silva (PT) disparou críticas nesta manhã contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Na entrevista à Rádio CBN, ele também criticou as taxas de juros.
Nesta quarta-feira, o Copom deverá decidir sobre a manutenção ou redução da taxa Selic. Para o mercado financeiro, a taxa será mantida no atual patamar.
Para o petista, o presidente do BC tem “lado político” e “trabalha para prejudicar o país”. Veja os principais tópicos da entrevista.
“A quem esse rapaz é submetido? Como vai a festa em São Paulo quase assumindo candidatura a cargo no governo de SP? Cadê a autonomia dele?”, indagou.
“A festa foi do Tarcisio pra ele [Campos Neto]. Homenagem do governo de São Paulo para ele, certamente porque governador de São Paulo acha maravilhoso taxa de juros de 10,5%. Quando ele se ‘autolança’ a um cargo. Vamos repetir o Moro? Presidente do BC está disposto a fazer o mesmo papel que Moro fez? Paladino da justiça com rabo preso”, disse.
“Só temos uma coisa desajustada neste país: é o comportamento do Banco Central. Essa é uma coisa desajustada. Presidente que tem lado político, que trabalha para prejudicar o país. Não tem explicação a taxa de juros estar como está”, declarou Lula.
O presidente disse que pode tentar a reeleição nas eleições de 2026 “para evitar que trogloditas voltem a governar” o Brasil.
“Não quero discutir reeleição em 2026 porque tenho apenas um ano e sete meses de mandato. Tem muita gente boa pra ser candidato, eu não preciso ser candidato”, declarou.
“Presta atenção, se for necessário ser candidato para evitar que os trogloditas que governaram esse país voltem a governar, pode ficar certo que meu 80 anos virará em 40 e virarei candidato. Mas não é a primeira hipótese”, completou o petista.
“Não vou permitir que esse país volte a ser governado por um fascista, não vou permitir que esse país volte a ser governado por um negacionista como nós já tivemos”, disse.