Efeitos tóxicos da política contamina mercado financeiro

Ibovespa bolsa de valores SP Misto Brasil
O comportamento do Ibovespa é um indicador também da macro economia/Arquivo/Divulgação

O arrefecimento nos ânimos que viu seu principal índice, o Ibovespa, terminar com queda mais branda nesta quinta-feira

Por Misto Brasil – DF

Após a avalanche vista ontem, com notícias de que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estava sendo alvo de ataques vindos do próprio governo, as coisas parecem ter se acalmado.

Parecem, porque certeza ainda é cedo para se ter. Esse arrefecimento nos ânimos, porém, teve um efeito positivo na Bolsa brasileira, que viu seu principal índice, o Ibovespa, terminar com queda mais branda (após chegar a virar para positivo no meio da tarde) de 0,31%, aos 119.567,53 pontos, retração de 368,49 pontos.

É se contentar com pouco, mas diante do cenário aterrador de ontem, é até um alívio. O dólar comercial também respirou aliviado, com baixa de 0,73%, a R$ 5,36.

O vice-presidente da República (e Presidente em Exercício), Geraldo Alckmin, entende que a elevação do dólar é transitória, porque o país tem bases sólidas e compromisso fiscal. O presidente evitou, no entanto, citar um “câmbio ideal” para o Brasil. Ele tem confiança na queda da moeda norte-americana.

E também ressaltou o compromisso do governo com o fiscal, que é o que vem mais tirando o sono dos investidores por aqui. “Quero destacar o compromisso absoluto do presidente Lula com questão fiscal”, disse.

Mas a questão política permanece incomodando e segurando o Ibovespa, observa Raony Rosseti, CEO e fundador da Melver. “O Ibovespa tem passado por efeitos tóxicos de Brasília. O que mexe é a política.

A tentativa de o ministro Fernando Haddad de seguir com a medida provisória que limita o uso de PIS/Cofins é uma ideia ruim, que prejudica todo o empresariado.

Repercutiu mal e também não foi bem vista a derrubada da MP pelo Congresso, o que sugeriu descumprimento fiscal”, avalia. “Indica insegurança jurídica e enfraquecimento do ministro da Fazenda”, completa.

A situação faz os analistas enxergarem outros pontos de suporte gráfico para o Ibovespa.

“Nos últimos dias, o Ibovespa tem seguido tendência de baixa, e pode continuar com fôlego nas vendas caso rompa a faixa de 119.780 pontos”, diz o analista técnico Rodrigo Paz, reforçando que, abaixo desse patamar, poderia buscar suportes, inicialmente, nos 119.000 a 118.500 pontos, e no alvo mais longo em 118.000 pontos. (Texto do Infomoney)

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