Governo cancela leilão do arroz e demite secretário

Empresa Queijo Minas arrematou arroz e leilão Misto Brasil
A empresa arrematou mais de 200 mil toneladas em leilão da Conab/Arquivo/Reprodução

Diante da polêmica e suspeitas de favorecimento, o Ministério da Agricultura cancelou o leilão para a compra do arroz

Por Misto Brasil – DF

Depois da polëmica criada, incluindo a ameaça da criação de uma CPI do Arroz, o governo federal anunciou hoje (11) à tarde o cancelamento do leilão realizado para compra de arroz.

Supermercados garantem que não há risco de desabastecimento. Veja o vídeo com a entrevista logo abaixo.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, confirmou a demissão do secretário de Política Agrícola, Neri Geller. Ele foi o personagem central na crise gerado pelo leilão. Quando questionado se o ex-deputado federal foi demitido, Fávaro afirmou: “Ele pediu demissão e eu aceitei”.

Leia – Deputado começou a coleta de assinatura para a CPI do Arroz

Um filho de Geller, Marcelo Piccini Geller, abriu uma empresa com o ex-assessor do secretário Robson Luiz de Almeida França, um dos negociadores do leilão – alertando para um suposto caso de favorecimento.

O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, confirmou o cancelamento do leilão. Segundo afirmou, empresas vencedoras poderiam não ter capacidade técnica e financeira para honrar os compromissos”.

Um novo leilão será realizado, mas ainda não há data, confirme publicou o SBTNews. Segundo o ministro, antes do leilão será verificado a capacidade técnica e financeira das empresas que vão disputar a compra.

Na quinta-feira (6), o governo havia confirmado a compra de 263,4 mil toneladas do cereal, por um valor de R$ 1,32 bilhão. A intenção da companhia era comprar até 300 mil toneladas.

Decidiu-se pela importação como medida contra o desabastecimento e o aumento dos preços do produto, após crise com chuvas que assolaram o Rio Grande do Sul – responsável por cerca de 70% da produção nacional. Como afirmado por Pretto, medida tinha como alvo unicamente o “elo mais fraco”, o consumidor.

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