O ministro Alexandre de Moraes deixa oficialmente a presidência do TSE para a ministra Cármen Lúcia
Por Misto Brasil – DF
O ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal, disse à revista eletrônica Consultor Jurídico que o Brasil teve sorte de ter justamente Alexandre de Moraes na chefia da Justiça Eleitoral durante as eleições de 2022.
Alexandre deixa o TSE nesta segunda-feira (03), após quase dois anos na presidência da corte. Ele passa o bastão para a ministra Cármen Lúcia, que ficará responsável por conduzir a Justiça Eleitoral nas eleições deste ano.
“Ele teve um papel singularíssimo. Foi o homem certo, no lugar certo, na hora certa. Em um um momento de grave crise e agressão às instituições, ele soube impor limites e impedir que houvesse o comprometimento das eleições”, afirmou o ministro à ConJur.
Embora a atuação de Alexandre tenha ajudado a refrear o aumento de notícias falsas contra candidatos e ao próprio processo eletrônico de votação, o ministro e o TSE foram criticados em algumas ocasiões por supostas “extrapolações de limites”.
Alexandre tomou posse em agosto de 2022, em uma cerimônia que, ao contrário de outras, não tinha nada de esvaziada ou protocolar: contou com a presença de 20 governadores, 40 representantes de embaixadas estrangeiras, ministros e ex-ministros do Supremo, ex-presidentes e políticos de diferentes campos ideológicos, na presença de um Jair Bolsonaro acuado.
André Mendonça, eleito para ocupar o cargo que ficará vago com a saída de Alexandre, também elogiou a gestão do colega.
“Meu registro da gestão exitosa de Vossa Excelência à frente do TSE, conduzindo o tribunal em tempos que, por vezes, houve turbulências, questionamentos”, afirmou, Mendonça, que também destacou a atuação “firme” e “competente” de Alexandre.