O fenômeno vai acentuar ainda mais os períodos de seca registrados no inverno nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste
Por Misto Brasil – DF
O La Niña, cuja principal característica é prolongar os períodos secos do ano, deve atrasar a retomada das chuvas no período úmido.
O início do La Niña está previsto para julho, devendo ganhar força na primavera e atingir seu pico no início do verão, perdendo intensidade só no outono do próximo ano.
O forte período de chuvas no Rio Grande do Sul poderá atrasar um pouco a chegada do período seco, mas não impedirão os efeitos do La Niña.
O fenômeno vai acentuar ainda mais os períodos de seca registrados no inverno nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste. A previsão foi divulgada hoje (27) pela empresa de consultoria meteorológica Climatempo.
De acordo com a empresa, o tempo vai trazer chuvas bem abaixo da média e prolongar a seca também no Sul. Associado a um inverno com temperaturas acima da média, deve pressionar ainda mais o consumo de energia no País.
A Climatempo avalia que o menor volume de chuvas nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste, ganha ainda mais relevância a geração das hidrelétricas do submercado Sul.
“Com o La Niña se formando em julho, a tendência é de período seco mais prolongado e atraso na retomada do período úmido na primavera”, observa a meteorologista e especialista em clima para o setor elétrico, Ana Clara Marques.
Em sua avaliação, o aumento do consumo de energia no Inverno, em decorrência de temperaturas mais altas do que o normal, combinado com a diminuição de chuvas no Sul, tende a provocar um sinal de alerta no setor.