As exibições serão do lado de fora do cinema. A ideia é chamar a atenção para o espaço que espera a reforma há 19 anos
Por Misto Brasil – DF
O coletivo Cinema no Olho da Rua programou para quinta-feira (30), dia consagrado a corpus Christi, uma sessão de curtas-metragens no Cine Itapuã. O início da exibição serã às 20 horas e a entrada é de graça.
O segundo cinema mais antigo do Distrito Federal, inaugurado após o tradicional Cine Brasília, o Cine Itapuã foi fechado em 2005 e, desde então, está abandonado. Para assistir os filmes haverá um ônibus que sai do Plano Piloto às 19 horas.
“A gente vai ocupar o lado de fora do Cine Itapuã, um cinema fechado há 19 anos que nenhum de nós teve a oportunidade de frequentar. Olhar pro Cine Itapuã e conversar com a comunidade de cinema, nos levou a pensar em todas as possibilidades perdidas”, comentou o integrante do coletivo, Alice Godoy Lopes.
A sala tem capacidade para 500 pessoas e recebia apresentações teatrais e shows. Fundado em 1963, o cinema era referência na cidade de quase 150 mil habitantes.
No ano passado, o Corpo de Bombeiros aprovou o projeto de reforma do Cine Itapuã e a próxima etapa é a elaboração do projeto básico para o processo licitatório para o início das obras.
Para a sessão no Cine Itapuã, o coletivo Cinema no Olho da Rua fez uma curadoria que inclui a animação Barra Nova, de Diego Maia, que se passa na praia do Nordeste Brasileiro.
O curta Ramal, dirigido por Higor Gomes, fala sobre um grupo de jovens que se diverte sobre suas motocicletas na Vila Marzagão, que fica na periferia da cidade de Sabará em Minas Gerais.
Outro título que será exibido é o curta-metragem de São Paulo, Lugar de Ladson, de Rogério Borges. O filme fala sobre Ladson, um jovem com baixa visão, de Rio Claro, interior de SP, que tenta marcar um encontro amoroso durante a pandemia.
O documentário Só Quem Tem Raiz, de Josianne Diniz, se passa no Gama e fala sobre três personagens que compartilham inseguranças, alegrias e sonhos em uma realidade marcada pelo racismo, machismo e homofobia.
Tem também o falso documentário Nada se Perde, de Renan Montenegro.