O volume de chuva em 15 horas ultrapassou os 100 milímetros na Zona Sul da capital. Aulas foram novamente suspensas
Por Misto Brasil – DF
A quinta-feira foi da retomada do pesadelo das enchentes em Porto Alegre com ainda mais dramaticidade. Com lixo acumulado em bueiros e as redes de drenagem fragilizadas, a Capital voltou a colapsar.
Os moradores assistiram as cheias avançarem por ruas que ainda não haviam atingido durante o pico do nível do Guaíba, informou o Correio do Povo.
Segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o volume de chuva em 15 horas ultrapassou os 100 milímetros na Zona Sul da capital.
Apesar dos impactos em boa parte da cidade, o prefeito Sebastião Melo (MDB) afirmou que a chuva não pegou o município de surpresa.
“A prefeitura não foi pega de surpresa, nós sabíamos que ia chover. Mas, agora, a quantidade de chuva foi excessivamente forte“, anotou o g1 do Rio Grande do Sul.
Foram registrados problemas nas zonas central, Norte e Sul, em bairros como Centro Histórico, Menino Deus, Cidade Baixa, Praia de Belas, Ipanema, Cavalhada, São Geraldo, Moradas da Hípica, Santa Fé, Restinga, entre outros.
Não há um levantamento oficial de quantos bairros foram afetados.
Aulas suspensas e limpeza adiada
Com a volta da chuva em Porto Alegre nesta quinta-feira (23), as aulas nas escolas das redes pública e privada da capital gaúcha foram suspensas nesta sexta-feira (24).
A suspensão ocorre durante o retorno gradual às aulas na cidade, iniciado nesta quarta-feira (22). A medida é para evitar a circulação de pessoas e veículos durante os temporais.
O bairro Menino Deus, que fica na região centro-sul de Porto Alegre, voltou a registrar ruas inundadas hoje menos de uma semana depois de a água do Guaíba ter baixado.
A reportagem da Agência Brasilregistrou a saída de moradores e trabalhadores do comércio na altura do cruzamento das ruas Grão-Pará e José de Alencar, cuja água alcançava a altura do joelho.
A prefeitura de Porto Alegre suspendeu, na manhã desta quinta-feira (23), a limpeza das áreas internas do Mercado Público, no centro histórico cidade, devido à forte chuva que atinge a capital do Rio Grande do Sul.
O edifício inaugurado em 1969 é o mercado público mais antigo do país. Até a enchente, o endereço abrigava lojas que comercializavam desde alimentos e bebidas a artigos religiosos.
O prédio histórico estava alagado havia 18 dias pelas águas do Guaíba, que chegou ao nível recorde de 5,35 metros (m), em 5 de maio, superando o pico da cheia em 1941, quando atingiu 4,76 m.
No local, a cota de inundação é de 3 m. O cenário encontrado após o auge da inundação é de lixo acumulado e estruturas das lojas e mobiliários danificados.