Rio Grande do Sul tem 340 mil desabrigados, 756 feridos e 126 mortes

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A Base aérea concentra todas as doações feitas no Distrito Federal/Arquivo/Joédson Alves/Agência Brasil

Até o momento, 441 cidades de um total de 497 foram atingidas pelas consequências do evento climático extremo

Por Misto Brasil – DF

As fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a semana passada já deixou pelo menos 126 mortos e 756 feridos, de acordo com a Defesa Civil. Há ainda 141 pessoas desaparecidas no estado.

Mais de 340 mil pessoas estão desalojadas. Desse total, 71,4 mil estão em abrigos. Ainda segundo a Defesa Civil, quase 90% dos municípios gaúchos foram atingidos por alagamentos.

Até o momento, 441 cidades de um total de 497 foram atingidas pelas consequências do evento climático extremo que afetou quase 2 milhões de pessoas. As forças de segurança, com auxílio de voluntários, conseguiram resgatar 71 mil pessoas e 10 mil animais.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê chuvas fortes até domingo (12) no estado. O nível do Guaíba, no Rio Grande do Sul, pode voltar para o nível de “5 metros ou acima”, disse o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, em entrevista à emissora de TV CNN nesta noite.

“Se chover 50 milímetros nessas próximas 24 horas, como está previsto, já é suficiente para criar uma série de transtornos com deslizamento de encostas”, disse ele à emissora. Toda a vegetação que as protegia, com esse primeiro momento [de chuva], caiu tudo. Elas estão saturadas”, acrescentou.

Na próxima semana está previsto que o governo faça o anúncio de medidas voltadas especificamente ao estado e aos municípios gaúchos, entre elas medidas voltadas à dívida pública com a União, que está na casa dos R$ 90 bilhões.

O governo federal anunciou o envio de R$ 50 bilhões ao estado. A medida do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva “garante crédito subsidiado e aportes do governo federal para apoio às vítimas das enchentes e reconstrução do estado”, pontuou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom).

Nesta primeira fase, o governo federal vai priorizar o socorro a famílias, empresas e produtores rurais, e a estruturação emergencial de obras prioritárias. As medidas serão encaminhadas ao Congresso à tarde em forma de medida provisória.

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