Foi o que disse o primeiro-ministro do país Donald Tusk e sugeriu que esses serviços são praticados pela Belarus e Rússia
Por Misto Brasil – DF
O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, alertou nesta terça-feira (07) que serviços “hostis” de inteligência estão em plena atividade em seu país, sugerindo que Belarus e Rússia estariam por trás de diversas ações de espionagem.
“Não devemos subestimar essa questão”, afirmou Tusk, antes de uma reunião de gabinete convocada por ele para tratar de questões de segurança nacional. Segundo o premiê, o serviço secreto de Belarus teria colaborado com um juiz que teria acesso ao Ministério da Justiça.
O juiz Tomasz Szmydt da Corte Distrital Administrativa de Varsóvia também teria participado da tentativa de desmantelamento do Judiciário polonês ocorrida durante o governo ultraconservador do partido Lei e Justiça (PiS), derrotado nas urnas no ano passado.
Em postagem na rede social X, Tusk disse que que convocou a reunião para discutir uma “suposta influência russa e belorussa no aparato de poder da Polônia nos anos anteriores”.
Na segunda-feira, relatos na impressa polonesa afirmavam que Szmydt pediu asilo em Belarus. Segundo a agência polonesa de notícias BeITA, ele requisitou pessoalmente “cuidados e proteção” ao presidente belarusso, Alexander Lukashenko.
O juiz justificou suas ações afirmando que temia ser alvo de uma “acusação fabricada de espionagem” em seu país, por não concordar com as políticas do atual governo. Segundo relatos, Szmydt considerava Lukashenko um “líder muito sábio” e alertou que os Estados Unidos tentavam arrastar a Polônia para um conflito armado.
Szmydt ficou conhecido em 2019 em meio às manobras do governo do PiS para avançar uma controversa reforma judicial no país. À época, ele e sua esposa tomaram parte em campanhas difamatórias contra juízes que eram críticos aos planos governistas.