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Queijo artesanal tem agora rota e premiados no Distrito Federal

Queijeiros do Distrito Federal se organizaram numa rota que ajuda na produção e na divulgação/Geovana Albuquerque/Agência Brasília

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O “quadradinho” tem se destacado na produção agrícola e por isso não poderia ser diferente com a fabricação de queijo

Por Misto Brasil – DF

O Distrito Federal tem se destacado na produção agrícola. Na lista das culturas estão a goiaba, morango, acabate, soja, uva e agora também na fabricação de queijo de cabra.

A qualidade do queijo foi testada no terceiro Mundial de Queijo do Brasil. A produtora do Lago Oeste, ana Zélia Menezes, recebeu o prêmio de terceiro lugar na categoria.

A atividade da propriedade começou sem pretensões, mas atualmente o sistema é profissionalizado com o apoio do Senar e Emater-DF.

“A gente produz cinco tipos de queijo, todos feitos com leite de cabra. Eu levei dois deles para concorrer no concurso, o Chancliche e o queijo Raclette, este último, premiado com a medalha de bronze”.

Ana Zélia disse que conseguiu produzir o queijo premiado depois de muitas tentativas e erros. Segundo ela, o segredo foi muita pesquisa e o uso de produtos de qualidade no desenvolvimento do queijo.

“Eu fui pesquisando para fazer um queijo de boa qualidade, usando fermento de boa qualidade e fui testando até que a receita deu certo. Quando eu levei esse queijo para o concurso eu confesso que não esperava ser premiada”, ressaltou.

Ela não é a única produtora no “quadradinho”. E prova disso foi criada a Rota do Queijo Artesanal, uma forma de aproximar o produtor do consumidor, como já acontece com outras rotas, como a Rota das Uvas na Vinícola Brasília, ou uma das mais antigas, a Rota do Cavalo, em Sobradinho.

O projeto tem a chancela da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF).

A iniciativa reúne oito precursores na produção de laticínios e criação de ovelhas e cabras, que contam com projetos formalizados e preparados para receber visitas turísticas. O projeto é integrado pelos pioneiros da Queijaria Rancharia, Sítio Vale das Cabras, Cabríssima, Queijaria Walkyria, Ateliê do Queijo, Malunga, Kero Mais e Ercoara.

O presidente da Emater-DF, Cleison Duval, explica que o queijo tem crescido muito no Distrito Federal.

“Ela ainda está pequena porque temos poucos produtores registrados com o queijo maturado, mas temos uma fila com vários esperando para regularizar suas agroindústrias e passarem definitivamente a entrar no mapa da Rota do Queijo Artesanal”, afirmou o presidente da Emater-DF, Cleison Duval.A

Proprietária da Cabríssima, no Lago Oeste, Giovana Navarro contou que os queijeiros sempre sonharam com essa rota e com as possibilidades que ela traz aos produtores.

“Achamos que é uma grande oportunidade pelo reconhecimento. Faz com que o nosso queijo se torne reconhecido não só na região, mas fora também. Nos ajuda a dar uma maior dimensão ao nosso trabalho”.

Ela e o marido Aurelino de Almeida atuam no ramo há cinco anos. Eles já oferecem turismo rural na propriedade, com visitas e degustação. A marca Cabríssima conquistou medalha de ouro com o Queijo Nosso Brasília, anotou a Agência Brasília.

À frente da Vila das Cabras no Lago Oeste há oito anos, a produtora Ana Zélia Poubel comemorou a implantação da rota. “É gratificante, um incentivo para gente continuar”.

A Rota do Queijo Artesanal do DF e Entorno foi estruturada com os queijeiros locais e com o setor turístico. Cabe à Emater-DF o papel de articulação junto aos produtores e de contribuição com a estrutura e fomento.

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