Nos Estados Unidos, a rede social tem nove meses para vender suas ações. A empresa-mãe Bytedance nega acusações
Por Misto Brasil – DF
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aprovou na última quarta-feira (24/04) uma lei dando ao TikTok nove meses de prazo para vender suas operações em solo americano a uma empresa nacional, ou ser interditada.
A alegação é que sua empresa-matriz, a Bytedance, estaria sujeita à influência do governo da China, podendo repassar-lhe dados sensíveis de cidadãos americanos. A ByteDance nega as imputações.
Na União Europeia, a polêmica em torno do TikTok é de outra ordem: as autoridades consideram que o aplicativo de vídeos breves chinês representa um grande risco de dependência, sobretudo para usuários jovens, podendo também causar outras formas de dano psíquico.
Em reação às ressalvas, a companhia suspendeu no novo app TikTok Lite, lançado em abril na França e Espanha, a função de recompensa, que premia as visualizações com vales-brindes para produtos reais.
A Índia, vizinha da China, esteve entre as primeiras nações a impor restrições ao TikTok, proibindo-o, junto com cerca de 60 outros apps chineses, durante uma confrontação militar ao longo da fronteira comum do Himalaia.
Desde 2020 vigora interdição total, justificada com a segurança de dados dos cidadãos indianos.
No Afeganistão, o Talibã alegou ressalvas morais para banir a plataforma em 2022, cerca de um ano após retomar o poder no país. Os governos do Quirguistão, Uzbequistão, Nepal igualmente adotaram a medida, por motivos análogos.
O TikTok está também vetado no Irã, por ter supostamente bloqueado endereços de protocolo da internet (IP) do país. Fato, porém, é que o regime totalitário de Teerã interditou praticamente todas as grandes plataformas sociais, como YouTube, X, Instagram, WhatsApp, Facebook e Telegram, segundo divulgou a Agência DW.