Empresa fabricante de iPhones garantiu que até dezembro do ano passado que não tinha ligações com grupos armados
Por Misto Brasil – DF
O governo da República Democrática do Congo acusa a Apple de explorar ilegalmente minerais do leste do país, segundo advogados que representam o país africano e enviaram à Apple uma notificação formal, reportou nesta quinta-feira (25) a agência de notícias AFP.
De acordo com os advogados, a Apple compra minerais contrabandeados do país, que vão a Ruanda para ser lavados e “integrados na cadeia de abastecimento global”.
“A Apple vendeu tecnologia feita com minerais provenientes de uma região cuja população está sendo devastada por graves violações dos direitos humanos“, escreveram os advogados da República Democrática do Congo, reportou a agencia de notícias.
Em setembro de 2023, o presidente do Congo, Félix Tshisekedi, se reuniu com o escritório de advocacia internacional Amsterdam & Partners LLP para investigar a cadeia de suprimentos de estanho, tungstênio e tântalo — conhecidos como minerais 3T (estanho é “tin” em inglês) — devido a preocupações com as exportações ilegais.
No seu último relatório, a Apple, empresa fabricante do iPhone, garantiu que até 31 de dezembro de 2023 nenhuma das suas fundições e refinarias parceiras tinha ligações com grupos armados no Congo.