O dólar fechou a quinta-feira a R$ 5,25, mas o presidente do Banco Central observou que o dólar mais forte é um problema
Por Misto Brasil – DF
O Ibovespa, por pouco, não emendou sua sétima derrota seguida. Mas a alta, de apenas 0,02%, aos 124.196 pontos, traz pouco a comemorar. Afinal, na mínima da sessão, o Ibovespa foi aos 123.396 pontos, traçando um novo suporte para o índice em 2024.
No câmbio, mais uma alta, após a queda de ontem: +0,12%, a R$ 5,25 (na máxima do dia, R$ 5,28) o dólar comercial. O fiscal no cenário doméstico segue sendo um ruído forte, mas as incertezas globais voltaram a pesar, informou o Infomoney.
O estrategista de renda fixa para pessoa física do Itaú BBA, Lucas Queiroz, comentou que que o Federal Reserve sinalizou que se basearia em dados para começar o corte de juros e que, com os últimos indicadores insatisfatórios, a autarquia deve esperar por pelo menos três meses de inflação desacelerando satisfatoriamente para mudar o rumo dos juros.
Enquanto o mercado vem precificando o início do ciclo de cortes para setembro, o BBA já espera a mudança apenas em dezembro.
“Seria uma perda de tempo postergar em uma reunião (a expectativa para o corte) a cada dado de inflação, ainda mais quando consideramos que há uma eleição no meio do caminho”, argumentou ao site especializado em economia.
O dólar mais forte também é um problema, como lembrou o presidente do Banco Central, Campos Neto. “É sempre um problema” e pode gerar reação de bancos centrais pelo mundo, ponderando que a situação tem sido melhor no caso do Brasil.
Ele também reiterou que o BC só intervém no mercado de câmbio quando detecta problemas no funcionamento do mercado, e não age contra questões que entende como estruturais, podendo desbalancear outras variáveis.