A Operação Sarto foi deflagrada nesta manhã e tem como principal alvo um grupo de pessoas ligadas ao ramo de confecções
Por Misto Brasil – DF
Pelo menos R$ 45 milhões teriam sido desviados em impostos num esquema que envolveu 123 empresas fictícias ou de fachada para emissão de notas fiscais fraudulentas. Os investigados atuam no ramo de confecções., como o proprietário a empresa Tesouro de Ouro.
Dois dos investigados foram presos em flagrante por porte ilegal de arma de fogo.
O esquema começou a ser identificado com a Operação Sarto, que compre desde a manhã 26 mandados de busca e apreensão e um de prisão. A Polícia Civil do Distrito Federal apura crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e sonegação de impostos.
De acordo com a própria polícia, os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em empresas e residências de investigados nas regiões administrativas de Sudoeste, Águas Claras, Vicente Pires, Núcleo Bandeirante, Taguatinga, Recanto das Emas, Ceilândia além de Planaltina de Goiás e Cidade Ocidental.
As empresas de fachada, que orbitavam e se vinculavam às empresas existentes, tinham seus quadros societários constituídos por pessoas com padrões de vida simples, mas movimentavam valores milionários. Um motorista, por exemplo, 47 CNPJs vinculados a seu nome.
O grupo se beneficiam da supressão dos tributos, bem como da constituição de crédito fiscal “podre”, isto é, não realizando o pagamento dos impostos devidos ou se aproveitando dos créditos tributários, em substituição tributária, advindos da simulação/dissimulação de atos comerciais.
Segundo ainda a assessoria da Polícia Civil, a análise temporal do crescimento das empresas vinculadas ao grupo efetivamente operantes, que atualmente contam com mais de 60 filiais, “demonstra, ao que tudo indica, que os recursos ilícitos oriundos da fraude fiscal foram mesclados com recursos legítimos advindos da empresa pioneira e inúmeras filiais”.