A situação de abandono das ruas de São Luís é um espelho do que acontece em outras cidades brasileiras

Por Mayalu Félix – MA

Se essa rua fosse minha, eu mandava asfaltar com asfalto de qualidade, em vez de remendar buracos como tem sido feito há mais de 20 anos…

Se essa rua fosse minha, eu mandava legalizar e padronizar as barracas de frutas que estão em frente ao Supermercado Bom Preço dos bairros São Francisco e Renascença 1 há décadas, em condições insalubres, vendendo comida sem nenhuma fiscalização…

Se essa rua fosse minha, eu mandava a Caema resolver os problemas de canalização de esgoto da rua, tendo em vista que não há capacidade de captação e os canos estouram com frequência…

Se essa rua fosse minha, eu organizaria uma operação de segurança pública a fim de deter os bandidos, traficantes e dependentes químicos que com frequência furtam cabos, tampas de ferro que protegem os hidrômetros da Caema, portões de alumínio das residências, além de assaltarem moradores e comerciantes e fazerem dos espaço público lugar de tráfico e uso de drogas…

Se essa rua fosse minha, eu fiscalizaria os receptadores e revendedores de todos esses metais roubados, em vez de focar exclusivamente nos que os roubam…

Se essa rua fosse minha, eu fiscalizaria os inúmeros lava a jato instalados nas calçadas e vias públicas do bairro Renascença que furtam água sem nenhum constrangimento, poluem as ruas e fazem a Equatorial instalar, à revelia da Lei, contadores de energia elétrica em terrenos de terceiros e calçadas…

Se essa rua, ah, se essa rua fosse minha…

Eu não deixaria o lixo se acumular nem o mato crescer na Rua Duzentos e Setenta e Dois, a ruazinha destruída pela Caema e pela irresponsabilidade da Prefeitura, que corta várias ruas do Renascença e termina no matagal para onde fogem os assaltantes e ladrões após roubarem os moradores e comerciantes…

Se essa rua fosse minha… Mas eu sou só mais uma moradora que paga pesados impostos para a Prefeitura de São Luís do Maranhão… Para o Governo do Estado…

Para que, ano após ano, nada façam, tentando convencer eu e meus vizinhos de que nosso dever é financiar políticos incompetentes e empresas públicas mal geridas, enquanto o local onde moramos é cada vez mais degradado.