O desenhista e artista tinha 91 anos. Ele participou e integrou grandes eventos artísticos e também foi um litante pelas causas deocráticas
Por Misto Brasil – DF
Morreu na tarde deste sábado (06) no Rio, aos 91 anos, o desenhista e escritor Ziraldo, criador de personagens como os de “O Menino Maluquinho” e “Turma do Pererê”. Última atualização às 17h23.
A família informou que o velório acontecerá neste domingo (07), a partir das 10 horas, na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), na rua Araújo Porto Alegre, 70, centro do Rio de Janeiro.
O sepultamento será no Cemitério São João Batista, entrada pelo Portão Principal, às 16h30.
Ziraldo morreu dormindo, quando estava em casa, em um apartamento no bairro da Lagoa, na Zona Sul do Rio, por volta das 15 horas.
Também chargista, caricaturista e jornalista, ele foi um dos fundadores nos anos 1960 do jornal “O Pasquim”, um dos principais veículos a combater a ditadura militar no Brasil.
Ziraldo completou 91 anos em outubro e recebeu homenagens em feiras literárias tanto no Brasil como no exterior, de acordo com o Extra online.
No festival literário em Portugal, foi montado um painel onde foi reproduzido o livro “Flicts”, primeiro título infantil de Ziraldo, escrito em 1969, e em que o autor relata a história de uma cor que não encontrava seu lugar no mundo.
Em 2022, ano dos 90 de Ziraldo, ele recebeu homenagem com cores projetadas no Cristo Redentor. O autor ainda ganhou bolo do Instituto que leva o seu nome com direito a docinhos e mais de 30 horas de comemorações pela data.
Ziraldo Alves Pinto nasceu em 24 de outubro de 1932 em Caratinga (MG), onde passou a infância. Mais velho de uma família com sete irmãos, foi batizado a partir da combinação do nome da mãe (Zizinha) com o nome do pai (Geraldo).
O g1 lembrou que ele era leitor assíduo desde a infância, teve seu primeiro desenho publicado quando tinha apenas seis anos de idade, em 1939, no jornal “A Folha de Minas”.
Iniciou a carreira nos anos 1950, na revista “Era uma vez…”. Em 1954, passou a fazer uma página de humor no mesmo “A Folha de Minas” em que havia estreado.