México rompe relações com o Equador após invasão de embaixada

Equador ex-presidente preso Embaixada do México Misto Brasil
Ex-presidente do Equador é dominado pela polícia que invadiu a Embaixada do México/Rede social
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A polícia do Equador prendeu dentro da embaixada Jorge Glas, que pediu asilo político após condenação por corrupção

Por Misto Brasil – DF

O México rompeu as relações diplomáticas com o Equador, após a polícia equatoriana invadir na noite desta sexta-feira (05) a embaixada mexicana em Quito e deter o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas.

Assista a declaração do diplomata mexiacano Roerto Canseco logo abaixo.

“A polícia do Equador entrou à força na nossa embaixada e deteve o ex-vice-presidente daquele país que era refugiado e em processo de asilo devido à perseguição e assédio que enfrenta”, disse o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador.

Na plataforma X (antigo Twitter), ele escreveu que a invasão constituía “um ato autoritário” e uma violação flagrante do direito internacional e da soberania mexicana.

A invasão da polícia equatoriana ocorreu horas depois de o México ter concedido asilo político a Glas, que estava refugiado na embaixada mexicana desde 17 de dezembro.

Alvo de um mandado de prisão por desvio de fundos públicos, Glas foi vice-presidente do Equador durante o mandato de Rafael Correa (2007-2017) e condenado a seis anos de prisão por corrupção em um caso que envolve a Odebrecht.

Quito descreveu o asilo como “um ato ilícito” que “apoia a evasão à justiça do Estado equatoriano e promove a impunidade”.

Em um comunicado, a Presidência do Equador defendeu a operação policial, acusou o México de dar asilo a Glas, “em violação ao quadro jurídico convencional”, e alegou que “foram abusadas as imunidades e privilégios concedidos à missão diplomática” mexicana.

Numa mensagem publicada nas redes sociais, o executivo disse que o antigo vice-presidente foi detido pelo chamado Bloco de Segurança, uma entidade que reúne líderes policiais, militares e governamentais, para coordenar as operações contra o crime organizado, anotou a Agência DW.

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