O vazamento foi quarta-feira pela manhã e está afetando quase 2 milhões de pessoas que utilizam o sistem Imuna-Laranjal
Por Douglas Corrêa – RJ
A força-tarefa criada para definir medidas que viabilizem a retomada da produção de água no Sistema Imunana-Laranjal, paralisado há mais de 48 horas, devido à contaminação do manancial por tolueno ainda não conseguiu normalizar o abastecimento de água nos cinco municípios afetados.
O plano de ação criado para conter o derramamento do composto químico no Rio Guapiaçu, em Guapimirim, que atingiu cinco cidades: Niterói,
O vazamento foi detectado na quarta-feira (03) pela manhã e está afetando quase 2 milhões de pessoas.
De acordo com uma nota da CedaeRJ, “o Sistema Imunana-Laranjal voltou a captar e tratar água às 22h42 desta sexta-feira (05). A operação havia sido interrompida na manhã de quarta-feira (03), após a identificação da substância química tolueno no canal de Imunana, onde é feita a captação de água”.
São Gonçalo, parte de Maricá, Itaboraí e a Ilha de Paquetá envolve as secretarias de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, da Polícia Civil, da Polícia Militar, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a Cedae, a Petrobras e as concessionárias Águas do Brasil e Águas do Rio.
Paralisação no abastecimento de água no Sistema Imunana-Laranjal⬇️
Equipes da Cedae e Inea estão percorrendo os rios Guapiaçu e Macacu, que abastecem o Canal de Imunana. @CedaeRJ @rj_inea
A captação de amostras de água contaminada está sendo realizada. pic.twitter.com/QOL17glOBU
— Governo do RJ (@GovRJ) April 4, 2024
O secretário estadual de Meio Ambiente, Bernardo Rossi, disse que “estamos unindo esforços para encontrar uma solução conjunta, com a contribuição de cada instituição. Nosso objetivo é normalizar a distribuição de água o mais rápido possível”, avaliou.
A Petrobras, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e a Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) cederam maquinário para realizar a sucção do poluente que está contaminando a água dos rios.
A Petrobras e a Transpetro se comprometeram a disponibilizar equipamentos como barreiras de contenção para recolher óleo e mantas absorventes. A Cedae já instalou barreira num canal onde foi constatada a contaminação, o que reduziu o índice de tolueno na água.
Técnicos avaliaram que será necessário fechar o acesso de um segundo canal onde também há indício de derramamento do produto.
Bernardo Rossi disse que é importante a revisão das licenças de utilização de tolueno, assim como a identificação da responsabilidade sobre o terreno no entorno do rio, em Guapimirim.