De acordo com a avaliação da FGV Ibre, a tendêndia é de queda por conta da perspectiva futura da economia
Por Misto Brasil – DF
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do FGV Ibre recuou 1,1 ponto em fevereiro, para 89,7 pontos, menor nível desde maio de 2023 (89,5 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice recuou pelo quinto mês consecutivo, em 0,9 ponto, para 91,2 pontos.
Em fevereiro, a segunda queda consecutiva da confiança foi influenciada pela piora das expectativas em relação aos próximos meses e sutil melhora nas avaliações sobre o momento atual.
O Índice de Expectativas (IE) recuou pelo segundo mês consecutivo, agora em 2,3 pontos, para 97,9 pontos. No sentido oposto, o Índice da Situação Atual (ISA) subiu 1,0 ponto, para 78,6 pontos, interrompendo a sequência de duas quedas consecutivas.
Entre os quesitos que compõem o ICC, o que mede as perspectivas para as finanças familiares futuras foi o que apresentou a maior contribuição para a queda da confiança no mês ao recuar 8,5 pontos, para 93,2 pontos, menor nível desde novembro de 2022 (93,2 pontos).
A queda também foi observada no indicador que mede as perspectivas sobre a situação futura da economia que caiu 5,4 pontos, para 105,8 pontos. Apenas o ímpeto de compras de bens duráveis apresentou resultado positivo no mês ao avançar 7,2 pontos, para 95,0 pontos, após queda de 6,5 pontos na virada para 2024.
“A confiança dos consumidores mantém tendência de queda. O resultado é disseminado entre as faixas de renda. Apesar da queda gradual dos juros e do nível de endividamento, ambos permanecem elevados e exercendo fortes limitações na situação financeira das famílias, que é refletida na percepção pessimista dos consumidores.”, afirma Anna Carolina Gouveia, economista do FGV Ibre.