Essa foi a primeira transferência bem sucedida de embrião para uma mãe de aluguel feita em paquidermes, de acordo com os cientistas
Por Misto Brasil – DF
Com apenas dois exemplares vivos de sua espécie – duas fêmeas estereis –, a extinção do rinoceronte-branco-do-norte já era dada praticamente como certa.
Não mais: uma equipe de cientistas internacionais conseguiu implantar numa mãe de aluguel um embrião de rinoceronte criado através de fertilização in vitro. O experimento pode ser uma salvação da espécie.
Essa foi a primeira transferência bem sucedida de embrião para uma mãe de aluguel feita em paquidermes, explicaram os participantes do programa científico BioRescue ao apresentar os resultados nesta quarta-feira (24) em Berlim.
“Juntos alcançamos algo que jamais imaginamos ser possível”, disse o veterinário e líder de projeto Thomas Hildebrandt. A ciência, segundo ele, está agora muito mais perto “do sonho de criar uma população saudável e geneticamente estável de rinocerontes-brancos-do-norte”.
Apontada pelos pesquisadores como um “avanço científico”, a transferência de embriões tem o potencial de preservação também de outras espécies ameaçadas.
O embrião foi criado num laboratório de reprodução italiano através de fertilização in vitro e inserido em uma mãe de aluguel no Quênia em setembro do ano passado.
A gravidez foi bem-sucedida, mas o rinoceronte grávida acabou morrendo em decorrência de uma infecção – e, com ela, o feto de 70 dias, informou a DW.