Alckmin diz que plano da indústria não é uma questão fiscal. Veja a repercussão

Geraldo Alckmin vice-presidente eleito Misto Brasília
Vice-presidente da República e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin/Arquivo
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O sindicato da Indústria da Cerveja acredita que a iniciativa dá indícios de caminhar em direção à neoindustrialização. A Fiemg diz que há falta de informação

Por Misto Brasil – DF

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin (PSB), disse nesta quarta-feira (24) que o plano anunciado pelo governo para a indústria “não tem nada a ver” com a questão fiscal do país e assegurou que não haverá novos aportes no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para colocá-lo em prática.

“O governo não vai fazer aporte no BNDES, não vai colocar recurso a mais”.

Leia – veja o que diz o plano para impulsionar a indústria

Alckmin disse, inclusive, que “parte do dinheiro para financiar o projeto de incentivo à indústria será captado no mercado” e que o governo também não vai abrir mão de impostos para promover o “Nova Indústria Brasil”. “Não tem nenhum dinheiro do governo. Na realidade, não tem impacto fiscal”, afirmou o vice-presidente, em entrevista ao UOL.

“Não tem nada a ver com questão fiscal. O governo não vai fazer nenhum aporte de dinheiro para o BNDES, não vai colocar recurso a mais no BNDES. Não há nada”, assegurou o vice-presidente.

“Não tem dinheiro fiscal, o que tem está previsto no Orçamento. O BNDES não vai pedir dinheiro para o Tesouro, não vai. Não tem acréscimo do ponto de vista fiscal, e o BNDES não vai comprar ações de empresas. O que você tem é apoio à inovação, senão a indústria morre”.

Repercussão – Sindicato da Indústria da Cerveja

O Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv) defende a valorização da indústria nacional, com políticas sustentáveis que gerem cada vez mais emprego e renda para os brasileiros e brasileiras. Por isso, vê como um importante avanço o anúncio da nova política industrial do país pelo Governo Federal.

Ao incentivar tecnologia, inovação, descarbonização e segurança regulatória, aliada ao desenvolvimento sustentável, a iniciativa dá indícios de caminhar em direção à neoindustrialização brasileira.

“O Brasil é o terceiro maior produtor de cerveja do mundo, com uma indústria 100% nacional que gera mais de 2,5 milhões de empregos em todo o país. Enxergamos grande potencial na nova política industrial em incentivar práticas sustentáveis, que são pilares da indústria cervejeira de todos os portes há muitos anos, incentivando mais desenvolvimento sustentável, inovação e geração de empregos na nossa cadeia produtiva”, afirma Márcio Maciel, presidente executivo do Sindicerv.

Para a indústria cervejeira, que segue os preceitos da Agenda 2030 da ONU, políticas que têm a sustentabilidade como pilar são essenciais para destacar a economia brasileira dentre as principais do mundo.

O que pensa a Federação da Indústria de Minas Gerais

Embora o novo plano industrial do Governo Federal esteja em fase inicial e careça de informações detalhadas sobre seu funcionamento prático, ele representa um passo importante em direção ao crescimento industrial. A FIEMG vê com bons olhos o foco no desenvolvimento industrial, reconhecendo o papel fundamental que o setor desempenha na economia nacional. Nos últimos anos, o investimento em desenvolvimento trouxe resultados positivos para o setor agropecuário, e esperamos que a indústria também colha esses frutos.

A FIEMG está comprometida em acompanhar de perto o progresso desse plano industrial, buscando informações adicionais e colaborando ativamente com todas as partes envolvidas. Nossa intenção é assegurar que essa iniciativa atenda aos interesses da indústria e da sociedade como um todo.

A FIEMG reconhece que o plano destaca perspectivas promissoras para o desenvolvimento da indústria nacional. Contudo, é crucial salientar que os recursos se configuram como linhas de crédito, o que significa que não representam investimentos diretos por parte do governo.

Dos R$ 300 bilhões anunciados, apenas R$ 21 bilhões são destinados a investimentos não reembolsáveis, ou seja, recursos que o Estado efetivamente aplicará em determinadas áreas específicas. É fundamental ressaltar que essa quantia será distribuída seletivamente em algumas linhas de negócios, demandando uma análise detalhada para identificar os setores beneficiados.

 

 

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