Haddad vai insistir com a reoneração gradual da folha de pagamento

Fernando Haddad Misto Brasília
Fernando Haddad e Aloizio Mercadante chegam ao gabinete do governo de transição no Centro Cultural Banco do Brasil/Arquivo/Marcelo Camargo/Agência Brasil

Segundo interlocutores do ministro da Fazenda, a tendência é por um “meio-termo” em relação ao que propõe o Executivo

Por Misto Brasil – DF

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, espera mediar antes do fim do recesso parlamentar um acordo com o Congresso para destravar as discussões da medida provisória que reonera a folha de pagamentos.

“Insistimos que o melhor princípio é o da reoneração gradual, como foi feito com todos os outros benefícios relativos a impostos sobre consumo. E, se valeu para todo mundo, valeu para todos os sistemas, todos os regimes especiais do país, incluindo os estaduais do ICMS, incluindo os municipais do ISS, não seria um bom princípio para o imposto previdenciário, que sustenta a previdência?”.

Segundo interlocutores do ministro, a tendência é por um “meio-termo” em relação ao que propõe o Executivo e o que vem sendo colocado na mesa de negociação pelo Congresso Nacional.

A nova ofensiva contará com reforço de articulação do presidente Lula da Silva (PT).

Haddad também lembrou ter discutido o tema em reunião com o presidente, além de encontro com o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e um terceiro com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e sustentou que o futuro da medida provisória ainda está em negociação.

O titular da Economia disse que se reunirá com líderes do Congresso na última semana de janeiro, antes do fim do recesso do Legislativo. Há, também, expectativa de que o próprio Lula negocie com Pacheco.

O movimento de Haddad vem após o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ter declarado na Suíça que houve compromisso do governo em revogar a MP enviada ao Congresso.

Ontem, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que vinha demonstrando forte insatisfação nos bastidores com a negociação, veio a Brasília para conversar sobre o tema com o ministro, segundo o SBT News e a CNN.

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