O líder do governo, Jaques Wagner, voltou a dizer que não há possibilidade de que a medida provisória seja devolvida ao governo
Por Misto Brasil – DF
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não chegaram a um acordo sobre a medida provisória que estabelece a reoneração gradual na folha de pagamentos para 17 setores.
A reunião entre os dois começou pouco depois das 18 horas, na residência oficial do Senado Federal. Depois quase duas horas depois. O líder da base no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), disse que esta foi a “primeira conversa” para tratar o tema.
O líder do governo também voltou a dizer que não há possibilidade de que a medida provisória seja devolvida ao governo. A declaração contraria a posição de deputados e senadores críticos à medida.
Jaques Wagner também citou avanços econômicos, como a diminuição na taxa de juros, para justificar uma possível reoneração a setores, e defendeu a continuidade das negociações.
“As pessoas têm a responsabilidade, sabem o que é a responsabilidade fiscal. Todo mundo gostou dos resultados que aconteceram até o fim do ano, que tem a ver com arcabouço fiscal”, anotou o SBT News.
Haddad afirmou antes da reunião, ainda na saída do ministério, que a intenção co encontro seria a de mostrar o impacto da reoneração ao Orçamento, e que o importante é encontrar uma alternativa para as contas públicas do ano. Uma das possibilidades cotadas é a taxação de compras on-line, inferiores a US$ 50.
“Para nós o importante é isso: é encontrar uma alternativa ao orçamento aprovado e impedir a captura de grupos de interesse do orçamento público. O orçamento é público, quando você faz uma renúncia fiscal você tem que compensar”.
O ministro também disse que levará as novas estimativas de gastos a serem compensados após a aprovação do Orçamento no Congresso. Sem citar valores, Haddad disse haver renúncia por itens que não estavam previstos no Orçamento.