Os números apresentados neste domingo mostram, no entanto, que os casos de feminicídios bateram recorde no Distrito Federal
Por Misto Brasil – DF
A Secretaria da Segurança Pública do Distrito Federal informou que no ano passado foram registrados 9,1 homicídios por grupo de 100 mil habitantes. Foram registrados 259 casos contra 277 em 2023, o que representa uma queda de 6,5%.
O índice é o mais baixo desde 1977, que teve 14/100 mil. Os números constam de um balanço divulgado neste domingo (07).
O DF atingiu o menor número de mortes em 35 anos. Em 1989, último ano em que a redução foi menor, foram 260 vítimas, com a população estimada em cerca de 1,5 milhão de pessoas.
Dos autores desse tipo de crime identificados em 2023, 70,4% têm antecedentes criminais. No caso das vítimas o percentual é de 64%.
No caso dos feminicídios foram registrados 34 casos, um recorde se comparado com os outros anos desde que a lei tipificou esse tipo de crime.
Em 2023, mais de mil pessoas, entre vítimas e agressores, foram monitoradas pelas tecnologias da SSP-DF. Nesse período, 33 homens foram presos por terem violado as medidas estabelecidas pelo Judiciário.
Os crimes violentos letais intencionais (CVLIs) — que englobam homicídios, feminicídios, lesões corporais seguidas de mortes e latrocínios — também apresentaram, em 2023, o menor número dos últimos 24 anos. Foram 279 casos registrados, 7,6% a menos que em 2022, quando foram registradas 302 ocorrências.
Representa 23 vidas preservadas no ano passado. Os latrocínios (roubo seguido de morte) e a lesões corporais seguidas de morte também tiveram o menor número de vítimas em 24 anos, com 18 e dois casos, respectivamente, segundo uma nota da Agência Brasília.
Os roubos em transporte coletivo e a pedestre, por sua vez, apresentaram redução de 30,4% e 23,8%, respectivamente.
No relatório, a SSP, informa que houve redução dos roubos de veículo (16,6%), em comércio (16,8%), em residência (20,2%) e dos furto em veículo (quando objetos ou acessórios no interior dos carros são subtraídos sem que a vítima perceba, ou seja, sem o uso da violência).
Houve aumento de 1,6% em ocorrências de posse e porte de arma de fogo (de 1.118 para 1.136 registros), o que representa que mais armas ilegais foram retiradas das ruas do DF.
“Mantemos um acompanhamento constante e diário das ocorrências para readequar de forma imediata nossas ações. Este programa não apenas microrregionaliza as ações, baseando-se em manchas criminais e estudos de inteligência, mas também leva em consideração as demandas e sugestões da população. O objetivo é aprimorar a segurança e a qualidade de vida de todos”, disse o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar.