Setor de logística prevê 16 mil demissões com o fim da desoneração da folha

Caminhoneiros porto de Santos Misto Brasília
Detalhe do setor de conteiners do porto de Santos/Arquivo

Caso o veto do presidente Lula seja mantido pelo Congresso, segundo a entidade do setor, a previsão de novos empregos também será prejudicada

Por Misto Brasil – DF

A Associação Brasileira dos Operadores Logísticos (Abol) informou hoje (11) que o setor poderá demitir em janeiro 16 mil funcionários. A previsão de criação de mais 18 mil vagas também estará prejudicada  com a manutenção do veto às desonerações da folha de pagamento.

A entidade também garante que haverá impactos financeiros de R$ 500 milhões, também só em 2024. O prejuízo está ligado ao cancelamento de projetos logísticos, contratos atuais que não poderão ser atualizados na mesma proporção, entre outros fatores.

A diretora presidente da Abol, Marcella Cunha, afirmou que os cálculos são conservadores, pois são resultado de uma média. Há Operadores que sentirão os efeitos de forma ainda mais agressiva, comprometendo, significativamente, o futuro da empresa.

“Os efeitos da não prorrogação serão em cascata: irá comprometer a qualidade dos serviços que prestamos, causará aumento nos preços e contribuirá para o crescimento da informalidade no País”, completou a diretora executiva da entidade, Marcella Cunha.

Os números foram apresentados a partir de uma pesquisa foi feita junto aos 32 operadores logísticos associados. O setor é responsável pela geração de 2 milhões de empregos no Brasil, entre diretos e indiretos. A maior parte das vagas (80%), são ocupadas por funcionários em regime CLT.

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