Volta a subir o ritmo de afundamento do solo em Maceió

Alagoas Maceió bairro abandonado mina afundamento Misto brasil
Pelo menos 55 mil pessoas tiveram que abandonar suas casas em cinco bairros/Arquivo/Reprodução vídeo
Compartilhe:

Até agora 55 mil pessoas já saíram da área de risco. Havia uma expectativa de acomodação do solo sem rompimento abrupto da mina

Por Misto Brasil – DF

A Defesa Civil de Maceió informou no final da tarde desta segunda-feira (04) que voltou a subir o ritmo do afundamento do solo na área em que está localizada a mina da Braskem que pode colapsar.

Essa velocidade era de 0,25 cm/h no início do dia, mas agora passou a 0,26 cm/hDesde o dia 28 de novembro, a terra no local já afundou 1,80 m, sendo 6,3 cm nas últimas 24 horas, anotou a reportagem do g1 de Alagoas.

Veja logo abaixo a entrevista sobre a CPI do Senado para investigar a Brasken

Havia uma expectativa de acomodação do solo sem rompimento abrupto da mina devido a seguidas reduções na velocidade da movimentação do solo, mas ainda assim a Defesa Civil manteve o alerta máximo por causa do risco. Antes do alerta no último mês, essa medição era feita em milímetros por ano.

Igreja Batista do Pinheiro (IBP) foi interditada nesta segunda-feira (4) pela Defesa Civil de Maceió após decisão judicial que determinou a desocupação de imóveis localizados na área de risco de afundamento do solo causado pela mineração da Braskem.

A mídia local registrou que o templo fica no bairro vizinho ao Mutange, onde está a mina de extração de sal-gema com risco de colapso.

Nesta segunda-feira (4) completa uma semana desde o alerta de colapso em uma mina que pode abrir uma cratera do tamanho do estádio do Maracanã em Maceió, e a Defesa Civil ainda mantém o estado de “alerta máximo“. Isso porque a velocidade em que a terra cedia na região da mina da Braskem, no bairro do Mutange, era medida em milímetros por ano, mas agora a medida passou a centímetros hora, aumentando significativamente o risco.

Em entrevista concedida à CNN Brasil na manhã desta sexta-feira (1º), o prefeito de Maceió, JHC, comentou o iminente colapso da mina da Braskem, localizada no bairro do Mutange.

Declarou que a mineradora é responsável pela maior tragédia urbana do mundo em curso. Para o prefeito, a empresa, que atua na capital alagoana desde a década de 1970, deve ser responsabilizada por todos os crimes cometidos contra a capital alagoana.

Com dados do último sonar, realizado no dia 4 de novembro deste ano, a cavidade da mina 18 apresentou um volume de 116.000 m³, o que seria 27 vezes menor do que o estádio, que tem um tamanho de 3.118.500 m³, segundo dados calculados pelo Centro Integrado de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil de Maceió (CIMADEC).

“É mera especulação calcularmos a área que seria afetada, pois estamos diante de um cenário inédito, jamais vivenciado no Brasil. Os dados não fazem essa previsão” esclarece o coordenador-geral da Defesa Civil de Maceió, Abelardo Nobre, de acordo com a assessoria da prefeitura.

Técnicos das áreas de geologia, geografia, engenharia de agrimensura, engenharia civil e agentes de monitoramento compõem o time que realiza o monitoramento ininterrupto desde 2019, e fazem a análise dos dados.

“Estamos todos empenhados nessa missão, pois nosso maior objetivo é salvaguardar a vida dos maceioenses. Por isso, desde quando foi identificado a subsidência em cinco bairros da capital, mais de 55 mil pessoas já saíram da área de risco”, acrescenta o coordenador-geral.

Informativo Misto Brasil

Inscreva-se para receber conteúdo exclusivo gratuito no seu e-mail, todas as semanas

Assuntos Relacionados

DF e Entorno

Oportunidades





Informativo Misto Brasil

Inscreva-se para receber conteúdo exclusivo gratuito no seu e-mail, todas as semanas