PGR denuncia e pede afastamento do governador do Acre do cargo

Governador do Acre Gladson Cameli Misto Brasil
Governador do Acre, Gladson Cameli, acusado de corrupção/Arquivo/Gv Acre
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Gladson Cameli e outras 12 pessoas teriam desviados mais de R$ 150 milhões dos cofres públicos em transações fraudulentas

Por Misto Brasil – DF

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou, nesta terça-feira (28), o governador do Acre, Gladson de Lima Cameli (PP), e outras 12 pessoas em cinco crime de corrupção.

Além do governador, também foram denunciados a mulher de Cameli, dois irmãos do chefe do Poder Executivo, servidores públicos, empresários e pessoas que teriam atuado como “laranjas” no esquema.

Foram enquadrados nos crimes de organização criminosa, corrupção nas modalidades ativa e passiva, peculato, lavagem de dinheiro e fraude a licitação. Iniciadas em 2019, as práticas ilícitas.

Na denúncia que foi encaminhada ao Superior Tribunal de Justiça, eles teriam causado prejuízos de quase R$ 11,7 milhões aos cofres públicos.

O subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos pediu o afastamento do governador até o fim da instrução criminal. Somadas, as penas pelos crimes podem ultrapassar 40 anos de reclusão.

A denúncia está restrita a um dos fatos apurados na Operação Ptolomeu: irregularidades envolvendo a contratação fraudulenta da empresa Murano Construções Ltda, que teria recebido R$ 18 milhões dos cofres públicos para a realização de obras de engenharia viária e de edificação.

A PGR divulgou que a empresa Murano Construções e empresas subcontratadas – uma das quais tem como sócio Gledson Cameli, irmão do governador – teriam pagado propina ao chefe do executivo estadual em valores que superam os R$ 6,1 milhões.

Foi por meio do pagamento de parcelas de um apartamento em bairro nobre de São Paulo e de um carro de luxo.

Embora a denúncia trate apenas dos crimes praticados no âmbito do contrato firmado pelo governo estadual do Acre com a empresa Murano, há provas de que o esquema se manteve mesmo após o encerramento da contratação.

Foram identificados oito contratos com ilegalidades, e a estimativa é que os prejuízos aos cofres públicos alcancem quase R$ 150 milhões.

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