O último grupo de 16 reféns foram liberados ontem dentro do acordo de cessar-fogo que pode terminar nesta quinta-feira
Por Misto Brasil – DF
O grupo fundamentalista islâmico Hamas libertou nesta quarta-feira (29) mais 16 reféns como parte do acordo de cessar-fogo temporário que entrou em seu sexto dia.
As primeiras a serem entregues à Cruz Vermelha foram duas mulheres, mãe e filha, com 73 e 50 anos e cidadania russa e israelense. As duas foram raptadas do kibbutz Nir Oz durante os ataques do Hamas em 7 de outubro; o marido da filha foi morto na ocasião. O filho do casal e a namorada dele ainda são mantidos por terroristas, segundo o jornal israelense Times of Israel.
Segundo informado pelo próprio Hamas, a soltura das duas mulheres seria uma concessão ao presidente russo, Vladimir Putin.
Outros dez cidadãos israelenses, sendo cinco adolescentes e cinco mulheres adultas, foram libertados no final da noite junto com mais quatro tailandeses que também estavam sob poder do grupo terrorista.
Com isso, a contagem de reféns libertados pelo Hamas desde sexta-feira passou a 73 reféns israelenses, além de 22 tailandeses e dois filipinos, totalizando 97 pessoas. Segundo as Forças de Defesa de Israel, 159 pessoas ainda são mantidas em cativeiro em Gaza, entre soldados e civis.
Na terça, dez mulheres israelenses e dois tailandeses foram soltos. Em contrapartida, Israel libertou 30 prisioneiros palestinos, sendo 15 deles menores de idade e cinco mulheres – moradores de Jerusalém Oriental e da Cisjordânia. Como nas outras quatro trocas, os reféns do Hamas foram entregues à Cruz Vermelha Internacional, que os transportou para o Egito.
Com a intermediação de Catar, Egito e Estados Unidos, o Hamas e Israel começaram na sexta-feira uma trégua de quatro dias nos combates, que depois foi prolongada por mais dois dias, prevista para terminar na manhã desta quinta-feira. Além da troca de reféns e prisioneiros, a pausa serve para enviar ajuda humanitária a Gaza, inclusive para o norte do território, onde acontecem os combates mais intensos.
Dentre os libertos até agora, vários têm dupla-cidadania, como alemã, francesa, argentina, americana e russa. Israel, por sua vez, libertou até terça 180 prisioneiros palestinos, todos mulheres e menores de idade, segundo informou a Agência DW.